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Rússia e EUA mantêm posições sobre Ucrânia e diálogo trava

Russos continuam dizendo que vão respeitar o referendo sobre a independência na Crimeia e os norte-americanos prometendo impor sanções

Um membro de uma unidade pró-Rússia de autodefesa profere um juramento no governo regional da Crimeia em Simferopol (Vasily Fedosenko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 17h57.

Londres- Os Estados Unidos e a Rússia não chegaram nesta sexta-feira a um meio-termo sobre a crise na Ucrânia : os russos continuam dizendo que vão respeitar o referendo sobre a independência na Crimeia e os norte-americanos prometendo impor sanções se eles fizerem isso.

Após seis horas de conversações com o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em Londres, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry alertou para "uma resposta ainda maior" se a Rússia enviar tropas para o leste Ucrânia.

"O ministro de Relações Exteriores deixou claro que o presidente (Vladimir) Putin não está preparado para tomar qualquer decisão em relação a Ucrânia antes do referendo de domingo", disse Kerry a repórteres.

"Acreditamos que o referendo contraria a Constituição da Ucrânia, contraria o direito internacional, é uma violação dessa lei, e é ilegítimo." "Eu fui claro com o ministro Lavrov que o presidente (Obama) deixou claro que haverá consequências se a Rússia não encontrar uma maneira de mudar de rumo, e não dizemos isso como uma ameaça, nós dizemos isso como uma conseqüência direta das escolhas que a Rússia pode ou não optar por fazer aqui", afirmou Kerry.

Autoridades dos EUA disseram que a porta está aberta para mais negociações e Kerry declarou que iria manter contato com Lavrov nos próximos dias.

O governo norte-americano assinalou que vai estar pronto para avançar na segunda-feira na imposição de probições de concessão de vistos e congelamento de bens, envolvendo funcionários dos governos ucranianos e russos, se o referendo for levado adiante e resultar na anexação da Crimeia. A União Europeia e outras potências ocidentais disseram que vão acompanhar as sanções norte-americanas.


Durante o seu encontro na residência do embaixador dos EUA em Londres, Kerry expressou preocupação com a movimentação das tropas russas.

'Anexação Ilícita'

"Nem nós nem a comunidade internacional vamos reconhecer os resultados deste referendo e nós também permanecemos profundamente preocupados com os grandes deslocamentos de forças russas na Crimeia e ao longo da fronteira oriental", acrescentou.

"Neste momento, considerando essa situação especial, nós realmente precisamos ouvir declarações mais claras a fim de esclarecer para onde a Rússia está indo em relação a essas tropas e exercícios (militares)." Kerry disse que os próximos passos vão depender de uma decisão final por Putin após o referendo. A ratificação do referendo da Crimeia pelo Parlamento russo, a Duma, equivaleria a "anexação ilícita da Crimeia", disse ele.

Falando após a reunião, Lavrov disse que a Rússia não tem planos para invadir o sudeste da Ucrânia, mas deixou claro que o Kremlin iria respeitar o resultado do referendo.

Ele disse que ainda não há um ponto em comum com o Ocidente sobre a Ucrânia e que a Rússia não precisa de uma instância internacional para ajudar a mediar com o governo em Kiev.

"Vamos respeitar a expressão da vontade do povo da Crimeia no próximo referendo", disse Lavrov . "A Federação Russa não pode e não tem planos de invadir as regiões do sudeste da Ucrânia."

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Londres- Os Estados Unidos e a Rússia não chegaram nesta sexta-feira a um meio-termo sobre a crise na Ucrânia : os russos continuam dizendo que vão respeitar o referendo sobre a independência na Crimeia e os norte-americanos prometendo impor sanções se eles fizerem isso.

Após seis horas de conversações com o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em Londres, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry alertou para "uma resposta ainda maior" se a Rússia enviar tropas para o leste Ucrânia.

"O ministro de Relações Exteriores deixou claro que o presidente (Vladimir) Putin não está preparado para tomar qualquer decisão em relação a Ucrânia antes do referendo de domingo", disse Kerry a repórteres.

"Acreditamos que o referendo contraria a Constituição da Ucrânia, contraria o direito internacional, é uma violação dessa lei, e é ilegítimo." "Eu fui claro com o ministro Lavrov que o presidente (Obama) deixou claro que haverá consequências se a Rússia não encontrar uma maneira de mudar de rumo, e não dizemos isso como uma ameaça, nós dizemos isso como uma conseqüência direta das escolhas que a Rússia pode ou não optar por fazer aqui", afirmou Kerry.

Autoridades dos EUA disseram que a porta está aberta para mais negociações e Kerry declarou que iria manter contato com Lavrov nos próximos dias.

O governo norte-americano assinalou que vai estar pronto para avançar na segunda-feira na imposição de probições de concessão de vistos e congelamento de bens, envolvendo funcionários dos governos ucranianos e russos, se o referendo for levado adiante e resultar na anexação da Crimeia. A União Europeia e outras potências ocidentais disseram que vão acompanhar as sanções norte-americanas.


Durante o seu encontro na residência do embaixador dos EUA em Londres, Kerry expressou preocupação com a movimentação das tropas russas.

'Anexação Ilícita'

"Nem nós nem a comunidade internacional vamos reconhecer os resultados deste referendo e nós também permanecemos profundamente preocupados com os grandes deslocamentos de forças russas na Crimeia e ao longo da fronteira oriental", acrescentou.

"Neste momento, considerando essa situação especial, nós realmente precisamos ouvir declarações mais claras a fim de esclarecer para onde a Rússia está indo em relação a essas tropas e exercícios (militares)." Kerry disse que os próximos passos vão depender de uma decisão final por Putin após o referendo. A ratificação do referendo da Crimeia pelo Parlamento russo, a Duma, equivaleria a "anexação ilícita da Crimeia", disse ele.

Falando após a reunião, Lavrov disse que a Rússia não tem planos para invadir o sudeste da Ucrânia, mas deixou claro que o Kremlin iria respeitar o resultado do referendo.

Ele disse que ainda não há um ponto em comum com o Ocidente sobre a Ucrânia e que a Rússia não precisa de uma instância internacional para ajudar a mediar com o governo em Kiev.

"Vamos respeitar a expressão da vontade do povo da Crimeia no próximo referendo", disse Lavrov . "A Federação Russa não pode e não tem planos de invadir as regiões do sudeste da Ucrânia."

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