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Com manobras, Rússia e Bielorrússia fazem "jogos de guerra"

Os dois países mobilizaram mais de 12 mil militares para um treinamento que parece guerra, mas de "brincadeira"

Manobras: segundo o governo russo, o objetivo do treinamento é conseguir reagir a um suposto ataque de grupos extremistas
EH

EXAME Hoje

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 06h22.

Última atualização em 15 de setembro de 2017 às 07h48.

É como se fosse uma guerra, só que de brincadeira. Rússia e Bielorrúsia estão com 12.700 militares a postos para lutar entre si, em treinamento que já ocorre desde 1973.

Chamado de Zapad, o exercício militar está em sua oitava edição, vai até o próximo dia 20, e tem colocado em pânico lideranças globais – especialmente as ucranianas.

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Apesar de eles próprios estarem tocando uma atividade militar que se encerra nesta sexta-feira, chamada “Unflinching Tenacity”, o país alega que o treinamento russo é, na verdade, um preparatórios para invadir suas fronteiras.

O treinamento russo começou oficialmente na noite de quinta-feira. São mais de 70 aviões e helicópteros e 680 veículos militares, sendo 250 tanques.

De acordo com o governo russo, o objetivo do treinamento é conseguir reagir a um suposto ataque de grupos extremistas, que invadem o território para praticar atentados.

O treinamento será feito em seis territórios da Bielorrússia, que integra os jogos com 7.200 oficiais, e três russos – todos em fronteiras com países da União Europeia.

O número de soldados oficialmente divulgados fica no limite para a operação acontecer sem que algum fiscal da OTAN – aliança militar que reúne os Estados Unidos e países europeus – precise acompanhar os treinos.

Desde 2011, a Organização para Segurança e Cooperação da Europa determina que o limite máximo de soldados presentes nesse tipo de atividade é 13.000.

Porém, a OTAN acredita que há mais de 100.000 militares participando das atividades, e acusa a Rússia de bloquear o monitoramento das atividades.

Em 2013, quando houve a última edição dos Zapad Games, analistas estrangeiros afirmaram que houve entre 70.000 e 90.000 oficiais na operação – que ocorreu pouco antes da invasão Rússia à Crimeia, no início de 2014.

Países como Polônia, Lituânia, Estônia e Ucrânia, que ficam na fronteira, afirmaram ter colocado defesas a postos. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou querer melhorar as relações com a Rússia, e que o objetivo não é isolar o país. Os russos estão com o jogo na mão.

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