Rússia detém cinco membros do Estado Islâmico, dizem agências
Cinco suspeitos foram presos na cidade de Yaroslavl, a nordeste de Moscou, nos dias 3 e 4 de maio, informou a agência de notícias Interfax
Reuters
Publicado em 4 de maio de 2018 às 14h27.
Mascou - O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) informou nesta sexta-feira que deteve cinco membros de uma célula terrorista do Estado Islâmico que planejavam ataques em várias regiões e apreendeu uma série de armas, segundo agências de notícias russas.
Os cinco suspeitos foram presos na cidade de Yaroslavl, a nordeste de Moscou, nos dias 3 e 4 de maio, informou a agência de notícias Interfax, citando uma declaração do FSB.
A Rússia, cujo Exército está ajudando o governo sírio a combater as forças rebeldes e os militantes do Estado Islâmico, sediará a Copa do Mundo no próximo mês e está aumentando as medidas de segurança.
Em 27 de abril, o serviço de segurança russo disse ter frustrado uma conspiração do Estado Islâmico para realizar uma série de ataques de alto nível na área de Moscou, onde os jogos da Copa do Mundo acontecerão.
O FSB nesta sexta-feira não revelou as identidades dos detidos nem forneceu detalhes sobre quando ou onde os ataques deveriam acontecer.
"No decorrer das buscas domiciliares, um arsenal de explosivos e substâncias caseiras, armas de fogo e munição foram apreendidos", disse o Serviço Federal de Segurança da Rússia.
Suas atividades estavam sendo coordenadas em parte do exterior usando o serviço de mensagens instantâneas Telegram, que a Rússia iniciou o processo de bloquear em abril, disse o comunicado do FSB.
Separadamente, o órgão regulador Roskomnadzor colocou o Telegram em sua lista negra depois que o serviço se recusou a cumprir uma ordem judicial para conceder acesso as mensagens criptografadas dos usuário.
O FSB disse que precisa acessar algumas mensagens de usuários para seu trabalho, embora os defensores do Telegram - milhares dos quais protestaram contra a proibição em Moscou esta semana - digam que a medida equivale a um ataque às liberdades da Internet