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Rússia denuncia pressões internacionais à Ucrânia

Ministro russo denunciou pressões à Ucrânia para que opte pela associação com a União Europeia, apesar de acordos com a Rússia

Ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov: "são surpreendentes as contínuas tentativas de pressionar com descaramento o governo da Ucrânia", disse (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 07h12.

Moscou - O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, denunciou nesta quarta-feira "pressões descaradas" à Ucrânia para que opte pela associação com a União Europeia (UE) apesar dos acordos comerciais que alcançou ontem com a Rússia.

"São surpreendentes as contínuas tentativas de pressionar com descaramento o governo da Ucrânia, que seguem apesar dos acordos aprovados ontem em Moscou", disse Lavrov, citado por agências locais, durante um discurso no Senado russo.

"Privam um Estado soberano do direito de esclarecer por si mesmo a situação, agir em consequência de suas próprias leis e interesses nacionais", ressaltou Lavrov, que reiterou que a postura da Rússia "se baseia no respeito à eleição soberana do povo ucraniano".

Lavrov classificou de "mutuamente beneficentes" os acordos comerciais alcançados ontem entre o líder russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Viktor Yanukovich, sobre o rebaixamento em um terço da tarifa do gás seu país paga ao monopólio russo Gazprom e o investimento de US$ 15 bilhões que Moscou prometeu a Kiev.

Após uma reunião bilateral realizada ontem no Kremlin, o presidente russo anunciou um rebaixamento de mais de 30% do preço do gás que exporta Rússia à Ucrânia, que a partir do 1º de janeiro pagará US$ 268,5 por cada mil metros cúbicos em lugar dos cerca de 400 que desembolsava até agora.

Enquanto, o governo dos EUA advertiu que os acordos econômicos entre Rússia e Ucrânia "não abordam as preocupações" dos manifestantes "pacíficos" que protestam desde novembro contra a suspensão do Acordo de Associação que os ucranianos tinham negociado com os 28 países da União Europeia.

Na Praça da Independência de Kiev, o coração do grande protesto conhecido como "Euromaidán" ("maidán" é praça em ucraniano), os líderes da oposição, após conhecer os acordos com Moscou, acusaram a Yanukovich de "vender Ucrânia à Rússia".

Cerca de 10 mil pessoas concentradas na praça receberam ontem à noite com indignação a notícia do crédito russo a Kiev.

"Yanukovich recebeu de graça US$ 15 bilhões e um rebaixamento sobre o gás valorado em outros US$ 5 bilhões. Queremos saber que prometeu em troca. US$ 20 bilhões não é muito, é muitíssimo dinheiro", se perguntou desde o palco da praça o líder do principal partido opositor Batkivshina, Arseni Yatsenuik.

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Moscou - O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, denunciou nesta quarta-feira "pressões descaradas" à Ucrânia para que opte pela associação com a União Europeia (UE) apesar dos acordos comerciais que alcançou ontem com a Rússia.

"São surpreendentes as contínuas tentativas de pressionar com descaramento o governo da Ucrânia, que seguem apesar dos acordos aprovados ontem em Moscou", disse Lavrov, citado por agências locais, durante um discurso no Senado russo.

"Privam um Estado soberano do direito de esclarecer por si mesmo a situação, agir em consequência de suas próprias leis e interesses nacionais", ressaltou Lavrov, que reiterou que a postura da Rússia "se baseia no respeito à eleição soberana do povo ucraniano".

Lavrov classificou de "mutuamente beneficentes" os acordos comerciais alcançados ontem entre o líder russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Viktor Yanukovich, sobre o rebaixamento em um terço da tarifa do gás seu país paga ao monopólio russo Gazprom e o investimento de US$ 15 bilhões que Moscou prometeu a Kiev.

Após uma reunião bilateral realizada ontem no Kremlin, o presidente russo anunciou um rebaixamento de mais de 30% do preço do gás que exporta Rússia à Ucrânia, que a partir do 1º de janeiro pagará US$ 268,5 por cada mil metros cúbicos em lugar dos cerca de 400 que desembolsava até agora.

Enquanto, o governo dos EUA advertiu que os acordos econômicos entre Rússia e Ucrânia "não abordam as preocupações" dos manifestantes "pacíficos" que protestam desde novembro contra a suspensão do Acordo de Associação que os ucranianos tinham negociado com os 28 países da União Europeia.

Na Praça da Independência de Kiev, o coração do grande protesto conhecido como "Euromaidán" ("maidán" é praça em ucraniano), os líderes da oposição, após conhecer os acordos com Moscou, acusaram a Yanukovich de "vender Ucrânia à Rússia".

Cerca de 10 mil pessoas concentradas na praça receberam ontem à noite com indignação a notícia do crédito russo a Kiev.

"Yanukovich recebeu de graça US$ 15 bilhões e um rebaixamento sobre o gás valorado em outros US$ 5 bilhões. Queremos saber que prometeu em troca. US$ 20 bilhões não é muito, é muitíssimo dinheiro", se perguntou desde o palco da praça o líder do principal partido opositor Batkivshina, Arseni Yatsenuik.

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