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Rússia critica intenção de Trump reconhecer soberania de Israel sobre Golã

O porta-voz russo afirmou que declarações como a de Trump podem desestabilizar significativamente a situação no Oriente Médio

EUA-Rússia: Trump afirmou que seu país deve reconhecer a soberbaria de Israel sobre as Colinas de Golã (Handout/Getty Images)
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EFE

Publicado em 22 de março de 2019 às 10h50.

Moscou — A Rússia criticou nesta sexta-feira a intenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã e advertiu que sua declaração pode desestabilizar a situação na região.

"Claro, semelhantes ações podem desestabilizar significativamente a situação no Oriente Médio, que por si só já é tensa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

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A "ideia" expressada por Trump "de forma alguma ajuda a alcançar os objetivos do acerto no Oriente Médio, mas sim ao contrário", acrescentou.

"Em todo caso, por enquanto se trata de uma ideia e esperamos que fique nisso", ressaltou Peskov.

Por sua vez, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, rotulou de "irresponsável" a declaração de Trump, que escreveu ontem no Twitter que "é hora de os EUA reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã".

"Do meu ponto de vista, a principal tarefa da comunidade internacional consiste em conseguir a estabilidade e avançar pelo caminho que leva à paz, e não em suscitar novas guerras e agravar os conflitos já existentes", declarou Maria na rede de televisão "Rossiya 24".

As Colinas de Golã, que pertencem à Síria e uma pequena parte delas - as Fazendas de Chebaa - é reivindicada pelo Líbano, foram ocupadas por Israel nas guerras dos Seis Dias (1967) e de Yom Kipur (1973), e em 1981 foram anexadas por decisão do Parlamento de Israel.

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