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Rússia acusa EUA de dificultarem acordo com a Coreia do Norte

Para a Rússia, as ameaças dos EUA de suspender o acordo nuclear com o Irã fazem com que Pyongyang duvide que país respeitaria um eventual pacto

Sergei Lavrov: ministro também acusou os EUA de terem provocado o regime ao ter organizado manobras militares na região (Leonhard Foeger/Reuters)

Sergei Lavrov: ministro também acusou os EUA de terem provocado o regime ao ter organizado manobras militares na região (Leonhard Foeger/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 10h35.

Última atualização em 8 de dezembro de 2017 às 10h36.

Viena - O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta sexta-feira que as ameaças dos Estados Unidos de suspender o acordo nuclear com o Irã faz com que a Coreia do Norte duvide que Washington respeite um eventual pacto para aceitar desmantelar seu arsenal atômico.

"Escutamos perguntas de como convencer à Coreia (do Norte) que, caso se chegue a um acordo para desmantelar seu programa nuclear, esse acordo não será rejeitado em um ou dois anos pelo próximo governo americano", disse Lavrov em coletiva de imprensa em Viena.

O ministro russo lembrou que o atual presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou suspender o acordo alcançado há dois anos com o Irã para que renunciasse a um programa militar nuclear em troca da suspensão de sanções internacionais.

"Sabemos que a Coreia do Norte precisa de garantias de segurança", destacou Lavrov, segundo a tradução ao inglês de suas declarações em russo.

O ministro também acusou os Estados Unidos de ter provocado o regime de Pyongyang ao ter organizado nos últimos meses manobras militares na região depois de ter anunciado no passado que não o faria durante algum tempo.

"Não estou tentando justificar esse lançamento. Exigimos da Coreia do Norte que cumpra as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Mas os Estados Unidos agiram como se quisessem provocar isto", opinou Lavrov em Viena, onde participa na cúpula da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

"Agora será mais difícil criar condições para relançar o diálogo", lamentou o chefe da diplomacia russa.

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