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Rohingyas protestam em Bangladesh contra retorno a Mianmar

Cantando palavras de ordem e levando cartazes, a comunidade pedia cidadania birmanesa, assim como garantias de segurança

Mais de um milhão de muçulmanos rohingyas vivem, hoje, em gigantescos acampamentos de refugiados no sul de Bangladesh (Tyrone Siu/Reuters)

Mais de um milhão de muçulmanos rohingyas vivem, hoje, em gigantescos acampamentos de refugiados no sul de Bangladesh (Tyrone Siu/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 08h50.

Centenas de refugiados rohingyas foram às ruas em Bangladesh, nesta sexta-feira (19), em protesto contra o programa previsto para seu retorno para Mianmar, país do qual fugiram em massa no ano passado.

Cantando palavras de ordem e levando cartazes, os rohingyas pediram cidadania birmanesa, assim como garantias de segurança, antes de voltarem para o estado de Rakhain, no noroeste de Mianmar.

Mais de um milhão de muçulmanos rohingyas vivem, hoje, em gigantescos acampamentos de refugiados no sul de Bangladesh.

Deles, cerca de 655 mil fugiram do país vizinho desde o final de agosto para escapar de uma campanha militar considerada como "limpeza étnica" pelas Nações Unidas.

Bangladesh e Mianmar chegaram a um acordo sobre um programa para permitir o retorno, em até dois anos, dos rohingyas que chegaram a Bangladesh desde outubro de 2016. O cálculo é que sejam pelo menos 750 mil pessoas.

O processo pode começar na semana que vem.

Maior minoria apátrida do mundo desde que perderam o direito à nacionalidade birmanesa em 1982 durante o regime militar, os rohingyas são vítimas de discriminação no território.

Não têm documentos de identidade e não podem viajar, ou se casar sem autorização. Não têm acesso ao mercado de trabalho, ou a serviços públicos, como escolas e hospitais.

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