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Risco de ataque de Israel ou EUA ao Irã triplicou, diz analista

Mesmo sem uma ação militar, as sanções impostas ao Irã elevam o risco de uma disparada nos preços do petróleo, apontam análises

Iranianos invadem embaixada britânica: tensões aumentam dos dois lados do conflito (Getty Images)

Iranianos invadem embaixada britânica: tensões aumentam dos dois lados do conflito (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 21h05.

São Paulo - A chance de Israel ou Estados Unidos realizarem uma ação militar contra o Irã praticamente triplicou em um ano, disse na quinta-feira a principal analista de riscos geopolíticos da Barclays Capital.

Helina Croft escreveu em nota a seus clientes que, mesmo sem uma ação militar, as sanções impostas ao Irã elevam o risco de uma disparada nos preços do petróleo.

"Vamos argumentar que o risco de um ataque israelense ou dos EUA contra as instalações nucleares do Irã continua baixo, mas cresceu, na nossa opinião, de 5 a 10 por cento no ano passado para 25 a 30 por cento agora", disse Croft.

"Em termos do equilíbrio entre oferta e demanda no mercado do petróleo, um embargo petrolífero ou sanções ao Banco Central iraniano iriam essencialmente levar a um deslocamento dos fluxos comerciais, em vez de uma simples perda de produção (...). No entanto, o efeito sobre os preços do petróleo poderia ser significativamente diferente."

Croft disse que as novas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra o setor petrolífero iraniano e o seu Banco Central irão num primeiro momento provavelmente ter o efeito primário de direcionar as exportações de petróleo do país para o leste da Ásia.


"Se as sanções da UE sobre o petróleo iraniano se destinassem a reduzir significativamente o fluxo de rendimentos para Teerã, elas provavelmente não pareceriam mais propensas a terem sucesso do que as sanções dos EUA têm parecido desde 1988", disse a nota.

"Uma inevitável reação em cadeia de um embargo da UE seria empurrar mais petróleo iraniano para o Oriente, sem eliminar a capacidade do Irã de comercializar todo o seu petróleo bruto disponível para exportação. Em outras palavras, a concentração de compradores do Irã iria aumentar, mas o volume total não seria afetado."

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