Mundo

Restos analisados até agora não são de estudantes

Equipe da Argentina realiza uma perícia independente nas investigações sobre o desaparecimento de 43 estudantes no México


	Homem passa por cartaz com fotografias dos 43 estudantes desaparecidos da Colégio Ayotzinapa
 (Daniel Becerril/Reuters)

Homem passa por cartaz com fotografias dos 43 estudantes desaparecidos da Colégio Ayotzinapa (Daniel Becerril/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 21h48.

Cidade do México - A Equipe Argentina de Antropologia Legista (EAAF), que realiza uma perícia independente nas investigações sobre o desaparecimento de 43 estudantes no México, informou que os restos humanos analisados até agora não são dos jovens.

A EAAF indicou em comunicado que, desde o dia 5 de outubro, com o aval dos parentes dos 43 estudantes e por pedido de organizações da sociedade civil estaduais e nacionais, atua como perito independente das famílias.

'Isto significa que os profissionais da EAAF foram nomeados como peritos na correspondente averiguação prévia e acessam o exame de evidências correspondentes da mesma forma que os peritos oficiais, mas emitem seus próprios ditames', detalhou.

Este é o primeiro pronunciamento oficial deste organismo independente sobre seu trabalho nas investigações do desaparecimento dos estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzinapa no último dia 26 de setembro.

Os especialistas da EAAF provêm de Argentina, Colômbia, México, Uruguai, França e Estados Unidos e, de acordo com o comunicado, trabalharam sobre a exumação de dois dos 30 restos recuperados em Cerro Viejo/Pueblo Viejo, povoado do município de Iguala, no estado de Guerrero, e no exame legista de todos eles.

A EAAF afirmou que obteve resultados genéticos do laboratório The Bode Technology Group, nos Estados Unidos, sobre 24 dos 30 restos de Cerro Viejo, e nenhum deles mostrou probabilidade de parentesco biológico com os 43 desaparecidos.

Os seis restantes continuam sendo analisados e a expectativa é que haja resultados em breve.

O organismo também participou da exumação de um dos nove restos recuperados na cidade de La Parota/Cerro de Lomas de Zapatero, também em Iguala, e foram autorizados pela procuradoria nacional para trabalhar no exame legista da totalidade destes restos.

Além disso, trabalharam no levantamento de restos humanos e evidências associadas aos mesmos em um lixão e à margem do rio San Juan, no município de Cocula, também no estado de Guerrero.

'Em síntese, até o momento, não houve identificação entre os restos recuperados nas três localidades mencionadas e os 43 estudantes', afirmou o organismo, acrescentando que continua participando nos esforços para identificar os restos recuperados, ao mesmo tempo que os peritos oficiais.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMassacresMéxicoViolência urbana

Mais de Mundo

Milei se reunirá com Macron em viagem à França para abertura dos Jogos Olímpicos

'Tome chá de camomila', diz Maduro após Lula se preocupar com eleições na Venezuela

Maduro deve aceitar resultado das eleições se perder, diz ex-presidente argentino

Macron só vai nomear primeiro-ministro após Jogos Olímpicos

Mais na Exame