Relações entre Venezuela e EUA se agravam após condenação
O governo da Venezuela disse que os Estados Unidos comprometeram os tímidos passos que haviam sido dados para a reaproximação entre os dois
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2015 às 21h20.
Caracas - O governo da Venezuela disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos comprometeram os tímidos passos que haviam sido dados para a reaproximação entre os dois países, após declarações do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que se disse "profundamente preocupado" com a condenação do líder oposicionista Leopoldo López.
Após 18 meses de julgamento, López foi condenado, na noite de quinta-feira, a 13 anos e nove meses de prisão por incitar a violência durante uma onda de manifestações contra o governo socialista de Nicolás Maduro no ano passado, quando mais de 40 pessoas morreram.
O caso de López repercutiu fortemente no mundo, com ativistas dos direitos humanos, líderes políticos e ex-presidentes iberoamericanos pedindo sua libertação e acusando Maduro de manter prisioneiros de consciência.
"Os EUA, com a sua intromissão insolente, comprometeram os passos tímidos realizados no sentido de regularizar as relações bilaterais", escreveu a ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, em sua conta no Twitter, @DrodriguezVen.
A chanceler exigiu "respeito" do governo dos EUA e a não intromissão dos norte-americanos em assuntos internos de seu país, ao mesmo tempo em que classificou López como "delinquente que promoveu ações terroristas".
Mais cedo, Kerry disse em comunicado que os EUA estão "profundamente preocupados" com a condenação de López. No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, afirmou que Washington manterá as negociações já abertas com a Venezuela com o objetivo de melhorar as relações.
Venezuela e EUA não possuem embaixadores enviados desde 2008, quando o falecido presidente Hugo Chávez expulsou o representante dos EUA após acusá-lo de espionagem.
Diversos organismos reagiram após a sentença de López, de 44 anos.
O porta-voz do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, também expressou "preocupação" com a pena.
"Observamos com grande preocupação a condenação e a dura sentença dada a Leopoldo López", disse Colville.
"Também estamos preocupados com o direito de López a um julgamento justo, levando em conta a informação sobre as irregularidades que ocorreram durante o processo, como a falta de provas na Promotoria, a não aceitação das testemunhas da defesa", acrescentou.
Caracas - O governo da Venezuela disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos comprometeram os tímidos passos que haviam sido dados para a reaproximação entre os dois países, após declarações do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que se disse "profundamente preocupado" com a condenação do líder oposicionista Leopoldo López.
Após 18 meses de julgamento, López foi condenado, na noite de quinta-feira, a 13 anos e nove meses de prisão por incitar a violência durante uma onda de manifestações contra o governo socialista de Nicolás Maduro no ano passado, quando mais de 40 pessoas morreram.
O caso de López repercutiu fortemente no mundo, com ativistas dos direitos humanos, líderes políticos e ex-presidentes iberoamericanos pedindo sua libertação e acusando Maduro de manter prisioneiros de consciência.
"Os EUA, com a sua intromissão insolente, comprometeram os passos tímidos realizados no sentido de regularizar as relações bilaterais", escreveu a ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, em sua conta no Twitter, @DrodriguezVen.
A chanceler exigiu "respeito" do governo dos EUA e a não intromissão dos norte-americanos em assuntos internos de seu país, ao mesmo tempo em que classificou López como "delinquente que promoveu ações terroristas".
Mais cedo, Kerry disse em comunicado que os EUA estão "profundamente preocupados" com a condenação de López. No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, afirmou que Washington manterá as negociações já abertas com a Venezuela com o objetivo de melhorar as relações.
Venezuela e EUA não possuem embaixadores enviados desde 2008, quando o falecido presidente Hugo Chávez expulsou o representante dos EUA após acusá-lo de espionagem.
Diversos organismos reagiram após a sentença de López, de 44 anos.
O porta-voz do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, também expressou "preocupação" com a pena.
"Observamos com grande preocupação a condenação e a dura sentença dada a Leopoldo López", disse Colville.
"Também estamos preocupados com o direito de López a um julgamento justo, levando em conta a informação sobre as irregularidades que ocorreram durante o processo, como a falta de provas na Promotoria, a não aceitação das testemunhas da defesa", acrescentou.