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Contribuição à UE foi reduzida em 50%, diz Reino Unido

País celebrou uma vitória em seu impasse orçamentário de 2,1 bilhões de euros com a União Europeia

Bandeiras da União Europeia: representantes do bloco dizem que a contribuição não foi cortada como alega o governo inglês (Georges Gobet/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 17h52.

Bruxelas - O Reino Unido celebrou uma vitória nesta sexta-feira em seu impasse orçamentário de 2,1 bilhões de euros com a União Europeia , declarando que foi capaz de atrasar e reduzir a quantia devida.

Apesar do anúncio oficial, representantes do bloco dizem que a contribuição não foi cortada como alega o governo inglês.

Ministros de Finanças da União Europeia discutiram a questão em reunião, em que o secretário do Tesouro britânico, George Osborne, afirmou que o país reduziu a conta pela metade. "Nós atrasamos o pagamento. Nós não iremos pagar juros sobre ele", acrescentou.

Segundo Osborne, 850 milhões de euros serão pagos em duas parcelas a partir da segunda metade de 2015, quando o prazo inicial era o dia 1º de dezembro deste ano. "Isso vai além do que qualquer um esperava que conseguiríamos", disse o secretário.

O cálculo, no entanto, é equivocado na opinião da comissária do bloco para questões orçamentárias, Kristalina Georgieva. Para ela, o valor foi reduzido apenas porque os inglês adiantaram um desconto que receberiam no ano que vem de qualquer jeito.

De acordo com Jeroen Dijsselbloem, que preside os encontros de ministros das Finanças da zona do euro, a conta também não foi cortada pela metade.

Ele insiste que a contribuição não foi negociada pela metade e que não há motivos para Osborne comemorar. "Seria louco ele fazer isso. Ele ainda terá de pagar uma quantia muito grande".

Apesar disso, o pagamento só ocorrerá após as eleições gerais do Reino Unido, previstas para o dia 7 de maio de 2015.

O adiamento da contribuição, nesse caso, representa uma vitória do primeiro-ministro David Cameron e do partido Conservativo, que terá de lidar com uma discussão espinhosa sobre a permanência do país na União Europeia na campanha do ano que vem.

Parte dos britânicos considera o bloco como uma instituição burocrática que suga recursos do país, visão que tem ganhado força com a ascensão de partidos de direta, como o Ukip, que demandam a saída do Reino Unido do grupo.

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Bruxelas - O Reino Unido celebrou uma vitória nesta sexta-feira em seu impasse orçamentário de 2,1 bilhões de euros com a União Europeia , declarando que foi capaz de atrasar e reduzir a quantia devida.

Apesar do anúncio oficial, representantes do bloco dizem que a contribuição não foi cortada como alega o governo inglês.

Ministros de Finanças da União Europeia discutiram a questão em reunião, em que o secretário do Tesouro britânico, George Osborne, afirmou que o país reduziu a conta pela metade. "Nós atrasamos o pagamento. Nós não iremos pagar juros sobre ele", acrescentou.

Segundo Osborne, 850 milhões de euros serão pagos em duas parcelas a partir da segunda metade de 2015, quando o prazo inicial era o dia 1º de dezembro deste ano. "Isso vai além do que qualquer um esperava que conseguiríamos", disse o secretário.

O cálculo, no entanto, é equivocado na opinião da comissária do bloco para questões orçamentárias, Kristalina Georgieva. Para ela, o valor foi reduzido apenas porque os inglês adiantaram um desconto que receberiam no ano que vem de qualquer jeito.

De acordo com Jeroen Dijsselbloem, que preside os encontros de ministros das Finanças da zona do euro, a conta também não foi cortada pela metade.

Ele insiste que a contribuição não foi negociada pela metade e que não há motivos para Osborne comemorar. "Seria louco ele fazer isso. Ele ainda terá de pagar uma quantia muito grande".

Apesar disso, o pagamento só ocorrerá após as eleições gerais do Reino Unido, previstas para o dia 7 de maio de 2015.

O adiamento da contribuição, nesse caso, representa uma vitória do primeiro-ministro David Cameron e do partido Conservativo, que terá de lidar com uma discussão espinhosa sobre a permanência do país na União Europeia na campanha do ano que vem.

Parte dos britânicos considera o bloco como uma instituição burocrática que suga recursos do país, visão que tem ganhado força com a ascensão de partidos de direta, como o Ukip, que demandam a saída do Reino Unido do grupo.

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