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Regime sírio ignora Liga Árabe e Homs é bombardeada

Mais de 500 pessoas foram mortas pela repressão síria na cidade que ficou conhecida como "capital da revolução"

Reunião da Liga Árabe sobre a Síria no domingo: a Liga decidiu fornecer apoio político e material à oposição síria (Marco Longari/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 10h37.

Damasco - O regime sírio atacou mais uma vez nesta segunda-feira a cidade rebelde de Homs, devastada por bombardeios que já duram nove dias. O governo rejeitou o pedido da Liga Árabe de uma força de paz comum com a ONU, missão esta que a Rússia, aliada de Damasco, impõe condições.

A comunidade internacional, dividida sobre a questão síria , já considera uma missão de paz em um país dilacerado pela violência: a União Europeia apóia a proposta, enquanto a Rússia acredita ser necessário primeiro um cessar-fogo.

Inflexível, o regime sírio recusa o conjunto de decisões da Liga Árabe e continua com sua ofensiva com a destruição de Homs, onde mais de 500 pessoas foram mortas.

A cidade apelidada de "a capital da revolução" não tem mais pão, já que a maioria das padarias está fechada, segundo os militantes, a Crescente Vermelha síria anunciou que distribuiria alimentos e medicamentos para milhares de pessoas.

Diante da crise, a Liga decidiu pedir ao Conselho de Segurança a formação de uma força conjunta e fornecer apoio político e material à oposição.

O chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição, Burhan Ghalioun, declarou ao canal Al-Jazeera ver nestas decisões "os primeiros passos" para a queda do regime.

Contudo, Damasco afirmou nesta segunda-feira que "estas e outras decisões não vão impedir que o governo assuma suas responsabilidades na proteção de seus cidadãos e de restabelecer a segurança e estabilidade", de acordo com uma autoridade citada pela agência oficial de notícias Sana, deixando a entender que a ofensiva continuará nas cidades "rebeldes".


Moscou, que tem um papel de peso na crise apoiando Assad, disse que estuda a proposta, mas acredita ser necessário um cessar-fogo antes de tudo, segundo o chefe da diplomacia, Sergueï Lavrov. Pequim não quis se pronunciar sobre esta missão.

A UE apoia a criação da força de paz e Londres deseja "discutir de maneira urgente" com a Liga Árabe e seus parceiros internacionais esta proposição, informou o ministro das Relações Exteriores, William Hague.

A Liga decidiu no domingo "abrir canais de comunicação com a oposição síria e fornecer todas as formas de apoio político e material". Ela pediu que seus membros rompam com Damasco.

Enquanto isso, os bombardeios a Homs recomeçaram na manhã desta segunda-feira, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Na cidade de Rastane, na província de Homs (centro), três soldados do Exército morreram e seu veículo blindado foi destruído, após a tentativa frustrada de uma uma invasão da cidade. Além disso, "quatro mães de desertores" foram presas.

Domingo, a violência custou a vida de mais de 30 pessoas, em sua maioria civis.

Árabes e ocidentais devem lançar ainda nesta semana uma nova tentativa para condenar Damasco, desta vez na Assembleia Geral da ONU, segundo diplomatas.

Diante da mobilização árabe e internacional, o vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Mekdad, assegurou no domingo possuir provas de que "países vizinhos" respaldam "grupos terroristas armados".

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Damasco - O regime sírio atacou mais uma vez nesta segunda-feira a cidade rebelde de Homs, devastada por bombardeios que já duram nove dias. O governo rejeitou o pedido da Liga Árabe de uma força de paz comum com a ONU, missão esta que a Rússia, aliada de Damasco, impõe condições.

A comunidade internacional, dividida sobre a questão síria , já considera uma missão de paz em um país dilacerado pela violência: a União Europeia apóia a proposta, enquanto a Rússia acredita ser necessário primeiro um cessar-fogo.

Inflexível, o regime sírio recusa o conjunto de decisões da Liga Árabe e continua com sua ofensiva com a destruição de Homs, onde mais de 500 pessoas foram mortas.

A cidade apelidada de "a capital da revolução" não tem mais pão, já que a maioria das padarias está fechada, segundo os militantes, a Crescente Vermelha síria anunciou que distribuiria alimentos e medicamentos para milhares de pessoas.

Diante da crise, a Liga decidiu pedir ao Conselho de Segurança a formação de uma força conjunta e fornecer apoio político e material à oposição.

O chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição, Burhan Ghalioun, declarou ao canal Al-Jazeera ver nestas decisões "os primeiros passos" para a queda do regime.

Contudo, Damasco afirmou nesta segunda-feira que "estas e outras decisões não vão impedir que o governo assuma suas responsabilidades na proteção de seus cidadãos e de restabelecer a segurança e estabilidade", de acordo com uma autoridade citada pela agência oficial de notícias Sana, deixando a entender que a ofensiva continuará nas cidades "rebeldes".


Moscou, que tem um papel de peso na crise apoiando Assad, disse que estuda a proposta, mas acredita ser necessário um cessar-fogo antes de tudo, segundo o chefe da diplomacia, Sergueï Lavrov. Pequim não quis se pronunciar sobre esta missão.

A UE apoia a criação da força de paz e Londres deseja "discutir de maneira urgente" com a Liga Árabe e seus parceiros internacionais esta proposição, informou o ministro das Relações Exteriores, William Hague.

A Liga decidiu no domingo "abrir canais de comunicação com a oposição síria e fornecer todas as formas de apoio político e material". Ela pediu que seus membros rompam com Damasco.

Enquanto isso, os bombardeios a Homs recomeçaram na manhã desta segunda-feira, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Na cidade de Rastane, na província de Homs (centro), três soldados do Exército morreram e seu veículo blindado foi destruído, após a tentativa frustrada de uma uma invasão da cidade. Além disso, "quatro mães de desertores" foram presas.

Domingo, a violência custou a vida de mais de 30 pessoas, em sua maioria civis.

Árabes e ocidentais devem lançar ainda nesta semana uma nova tentativa para condenar Damasco, desta vez na Assembleia Geral da ONU, segundo diplomatas.

Diante da mobilização árabe e internacional, o vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Mekdad, assegurou no domingo possuir provas de que "países vizinhos" respaldam "grupos terroristas armados".

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