Mundo

Regime tailandês pode durar mais que o esperado, dizem EUA

Autoridade americana afirmou que governo tem sido mais repressivo do que aquele instalado depois do último golpe de Estado no país em 2006

Mulheres brincam com soldados que bloqueiam Monumento da Vitória, onde manifestantes anti-golpe se agrupam (Damir Sagolj/Reuters)

Mulheres brincam com soldados que bloqueiam Monumento da Vitória, onde manifestantes anti-golpe se agrupam (Damir Sagolj/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 22h08.

Washington - O governo militar da Tailândia pode durar mais tempo do que o esperado e tem sido mais repressivo do que aquele instalado depois do último golpe de Estado no país em 2006, disse uma autoridade sênior dos Estados Unidos nesta terça-feira.

A autoridade disse durante uma audiência no Congresso que os EUA ainda estavam considerando se o grande exercício militar regional realizado anualmente na Tailândia poderá ir em frente no ano que vem devido ao golpe militar de maio.

"Inicialmente, tínhamos esperança de que - como aconteceu com o golpe de 2006 - os militares decidiriam de forma relativamente rápida transferir o poder a um governo civil e avançar para eleições livres e justas", disse o vice-secretário assistente de Estado para o Leste Asiático, Scot Marciel.

"No entanto, os acontecimentos recentes têm mostrado que o golpe militar atual é tão mais repressivo e deve durar mais tempo do que o último", acrescentou.

Marciel disse em depoimento à subcomissão Ásia-Pacífico do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara dos Deputados que o golpe tinha colocado os EUA em uma posição difícil, dado que a Tailândia é um aliado-chave do país na Ásia.

"O desafio para os EUA é deixar claro o nosso apoio para um rápido retorno à democracia e às liberdades fundamentais e, ao mesmo tempo, trabalhar para garantir que somos capazes de manter e fortalecer essa importante amizade e nossa aliança de segurança a longo prazo", disse ele.

Marciel afirmou que Washington esperava que as fortes críticas internacionais contra o golpe militar levaria a um abrandamento da repressão e ao retorno à democracia.

Ele disse que os EUA continuarão a insistir para que a lei marcial seja suspensa e que eleições sejam realizadas mais cedo do que o cronograma indefinido de 15 meses dado pelo governo militar.

Porém, acrescentou: "Para ser honesto, é muito difícil prever quanto tempo eles vão permanecer no poder."

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDitaduraEstados Unidos (EUA)Países ricosTailândia

Mais de Mundo

Bombeiros afirmam que incêndio na Somerset House está “sob controle”

Machado reaparece em público em meio ao clamor de milhares de pessoas reunidas em Caracas

Alemanha prevê reduzir pela metade ajuda militar para a Ucrânia

Acidente em rodovia no sul da Bolívia deixa ao menos 14 mortos e 18 feridos

Mais na Exame