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Reformista Masoud Pezeshkian vence as eleições presidenciais no Irã

Antigo ministro da Saúde e parlamentar tornou-se o nono presidente da história da República Islâmica do Irã

Masoud Pezeshkian: candidato reformista ganhou as eleições iranianas (EPA/STR/EFE)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 6 de julho de 2024 às 09h08.

Última atualização em 6 de julho de 2024 às 10h24.

O reformista Masoud Pezeshkian venceu o segundo turno das eleições presidenciais do Irã e será o próximo presidente do país, informou a Comissão Eleitoral Iraniana.

Pezeshkian, cirurgião cardíaco de 69 anos, obteve 53,6% dos votos contra o ultraconservador Saeed Jalili com 44,3%, em uma eleição que teve participação de 49,9% com 30.573.931 votos.

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“Desta forma, o senhor Masoud Pezeshkian é o vencedor das décimas quartas eleições presidenciais da República Islâmica do Irã”, anunciou o porta-voz da Comissão Eleitoral iraniana, Mohsen Eslami, em uma entrevista coletiva.

O antigo ministro da Saúde e parlamentar tornou-se o nono presidente da história da República Islâmica do Irã e sucederá ao ultraconservador Ebrahim Raisi, falecido em um acidente de helicóptero em maio.

O presidente eleito do Irã era um político pouco conhecido no início da campanha, mas ganhou popularidade com uma mensagem de moderação, aproximação com o Ocidente e críticas ao véu.

Ele conseguiu unir o voto de descontentamento com as políticas de Raisi, sob cujo governo aumentou a repressão social e política, enquanto sua campanha alimentou o medo de Jalili, um ultraconservador com reputação de “intransigente”.

Eleições no Irã: Masoud Pezeshkian é o novo presidente

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Um presidente reformista

Pezeshkian se tornará o primeiro presidente reformista, um grupo político que busca alguma abertura, em anos no país, em um momento de fortes tensões regionais devido à guerra em Gaza, mas também dentro do Irã por conta de políticas como a imposição do véu e da falta de liberdades.

O presidente iraniano tem poder de decisão sobre questões nacionais e, em menor grau, sobre a política externa e de segurança, onde o líder supremo, Ali Khamenei, atua como chefe de Estado com vastos poderes.

A participação dos 61 milhões de iranianos chamados às urnas também esteve em jogo nas eleições e 49,8% do eleitorado votou, o que representa uma melhoria em comparação aos 39,9% no primeiro turno.

Esses 39,9% representaram o recorde de abstenção na história da República Islâmica do Irã, que sempre deu grande importância à participação como prova de apoio e legitimidade popular.

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