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Rebeldes rejeitam oferta de filho de Kadafi para eleições

Saif Al-Islam, filho do ditador, disse ao jornal italiano Corriere della Sera que o seu pai está disposto a deixar o poder se perder a eleição

O filho do líder líbio, Saif Kadafi: fundação para desenvolvimento e caridade foi criada em 2009 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 23h31.

Trípoli - O líder da Líbia, Muammar Kadafi, está disposto a realizar eleições e abandonar o poder se perder a disputa, disse o seu filho, uma oferta rapidamente rejeitada na quinta-feira pelos rebeldes e pelos Estados Unidos.

O filho de Kadafi, Saif Al-Islam, disse ao jornal italiano Corriere della Sera: "Elas (as eleições) podem acontecer em três meses. No máximo, até o fim do ano, e a garantia de transparência pode ser a presença de observadores internacionais."

Ele acrescentou que o seu pai está disposto a deixar o poder se perder a eleição, ainda que ele não pretenda ir para o exílio.

O primeiro-ministro líbio, Al-Baghdadi Ali Al-Mahmoudi, apareceu momentos depois para, aparentemente, colocar a potencial concessão em dúvida ao dizer a repórteres: "Gostaria de corrigir (o que foi dito) dizendo que o líder da revolução não está preocupado com qualquer referendo."

Ele acrescentou que não havia razão para o líder líbio renunciar, já que ele não tem nenhuma posição formal política ou administrativa desde 1977. Um enviado da Rússia disse que Al-Mahmoudi garantiu que Kadafi não abandonaria o poder.

As autoridades do regime de Kadafi disseram no passado que uma eleição eventual poderia ser parte do acordo para acabar com a crise, ao mesmo tempo em que ressaltavam que o país apoiaria Kadafi em qualquer votação.

Os rebeldes, que realizaram um levante quatro meses atrás, disseram que não confiam em um processo político organizado com Kadafi no poder.

A liderança rebelde na base de Benghazi rejeitou a oferta do filho de Kadafi dizendo que ele estava "desperdiçando o nosso tempo."

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O filho de Kadafi, Saif Al-Islam, disse ao jornal italiano Corriere della Sera: "Elas (as eleições) podem acontecer em três meses. No máximo, até o fim do ano, e a garantia de transparência pode ser a presença de observadores internacionais."

Ele acrescentou que o seu pai está disposto a deixar o poder se perder a eleição, ainda que ele não pretenda ir para o exílio.

O primeiro-ministro líbio, Al-Baghdadi Ali Al-Mahmoudi, apareceu momentos depois para, aparentemente, colocar a potencial concessão em dúvida ao dizer a repórteres: "Gostaria de corrigir (o que foi dito) dizendo que o líder da revolução não está preocupado com qualquer referendo."

Ele acrescentou que não havia razão para o líder líbio renunciar, já que ele não tem nenhuma posição formal política ou administrativa desde 1977. Um enviado da Rússia disse que Al-Mahmoudi garantiu que Kadafi não abandonaria o poder.

As autoridades do regime de Kadafi disseram no passado que uma eleição eventual poderia ser parte do acordo para acabar com a crise, ao mesmo tempo em que ressaltavam que o país apoiaria Kadafi em qualquer votação.

Os rebeldes, que realizaram um levante quatro meses atrás, disseram que não confiam em um processo político organizado com Kadafi no poder.

A liderança rebelde na base de Benghazi rejeitou a oferta do filho de Kadafi dizendo que ele estava "desperdiçando o nosso tempo."

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