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Rebeldes declaram cessação de hostilidades contra exército

O chefe do Congo M23 reivindicou ainda um mecanismo de acompanhamento desta cessação da violência para facilitar as conversas de paz

Soldados congoleses: a "ofensiva final" do exército congolês foi lançada nesta manhã (REUTERS/Kenny Katombe)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2013 às 16h47.

Nairóbi - O chefe do grupo rebelde M23, Bertrand Bisimwa, ordenou a todas suas forças neste domingo a "cessação imediata das hostilidades" contra o exército da República Democrática do Congo (RDC).

Em comunicado, Bisimwa reivindicou ainda um mecanismo de acompanhamento desta cessação da violência para facilitar as conversas de paz de Campala, suspensas há duas semanas.

O cessar-fogo é anunciado poucas horas depois de o exército congolês lançar uma nova ofensiva contra as últimas posições dos rebeldes na província de Kivu do Norte, informou a "Rádio Okapi", emissora promovida pela missão da ONU na RDC.

O líder político dos insurgentes ordena no comunicado que seus militantes se abstenham "de todo ato ou comportamento contrário a esta ordem", para permitir assim a continuidade do processo de paz.

A "ofensiva final" do exército congolês foi lançada nesta manhã sobre diferentes posições montanhosas na fronteira com Uganda, provocando a fuga dos rebeldes.

Após o comunicado do cessar-fogo, o porta-voz militar nesta província assegurou que o exército segue "em guerra", informou a "Rádio Okapi".


No último dia 25 de outubro, três dias depois da suspensão das negociações de paz de Campala, as Forças Armadas da RDC lançaram uma ação militar de grande escala na província de Kivu do Norte, no leste do país, para despejar os rebeldes de seus principais fortificações.

Após o avanço das tropas, na quinta-feira passada, o presidente da RDC, Joseph Kabila, emprazou os insurgentes a desarmar-se "voluntariamente" em um discurso transmitido na televisão e na rádio pública.

A República Democrática do Congo acusou frequentemente as vizinhas Ruanda e Uganda de respaldar os rebeldes do M23 em suas ações para desestabilizar a zona oriental do país, que foi historicamente conflituosa, especialmente desde 1994, com a fuga de ruandeses acusados de genocídio nessa região.

O M23 é formado por soldados congoleses amotinados, alguns deles membros do antigo grupo rebelde Congresso Nacional para a Defesa do Povo.

A RDC está imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), na qual se viram envolvidos vários países africanos, e acolhe em seu território uma numerosa missão da ONU.

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Nairóbi - O chefe do grupo rebelde M23, Bertrand Bisimwa, ordenou a todas suas forças neste domingo a "cessação imediata das hostilidades" contra o exército da República Democrática do Congo (RDC).

Em comunicado, Bisimwa reivindicou ainda um mecanismo de acompanhamento desta cessação da violência para facilitar as conversas de paz de Campala, suspensas há duas semanas.

O cessar-fogo é anunciado poucas horas depois de o exército congolês lançar uma nova ofensiva contra as últimas posições dos rebeldes na província de Kivu do Norte, informou a "Rádio Okapi", emissora promovida pela missão da ONU na RDC.

O líder político dos insurgentes ordena no comunicado que seus militantes se abstenham "de todo ato ou comportamento contrário a esta ordem", para permitir assim a continuidade do processo de paz.

A "ofensiva final" do exército congolês foi lançada nesta manhã sobre diferentes posições montanhosas na fronteira com Uganda, provocando a fuga dos rebeldes.

Após o comunicado do cessar-fogo, o porta-voz militar nesta província assegurou que o exército segue "em guerra", informou a "Rádio Okapi".


No último dia 25 de outubro, três dias depois da suspensão das negociações de paz de Campala, as Forças Armadas da RDC lançaram uma ação militar de grande escala na província de Kivu do Norte, no leste do país, para despejar os rebeldes de seus principais fortificações.

Após o avanço das tropas, na quinta-feira passada, o presidente da RDC, Joseph Kabila, emprazou os insurgentes a desarmar-se "voluntariamente" em um discurso transmitido na televisão e na rádio pública.

A República Democrática do Congo acusou frequentemente as vizinhas Ruanda e Uganda de respaldar os rebeldes do M23 em suas ações para desestabilizar a zona oriental do país, que foi historicamente conflituosa, especialmente desde 1994, com a fuga de ruandeses acusados de genocídio nessa região.

O M23 é formado por soldados congoleses amotinados, alguns deles membros do antigo grupo rebelde Congresso Nacional para a Defesa do Povo.

A RDC está imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), na qual se viram envolvidos vários países africanos, e acolhe em seu território uma numerosa missão da ONU.

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