Mundo

Rebeldes dão ultimato ao presidente do Iêmen

Militantes Houthis afirmam que chefe de Estado precisa formar um governo em até 10 dias e sugerem que podem tomar o governo caso suas demandas não sejam aceitas

Houthis: eles dizem que comitês continuarão a enfrentar a Al Qaeda e a extirpar corrupção (Mohamed al-Sayaghi/Reuters)

Houthis: eles dizem que comitês continuarão a enfrentar a Al Qaeda e a extirpar corrupção (Mohamed al-Sayaghi/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 16h40.

Aden - Rebeldes xiitas do Iêmen, que tomaram controle da capital do país, deram um ultimato ao presidente.

Os militantes Houthis afirmam que o chefe de Estado precisa formar um governo em até 10 dias e sugerem que podem tomar o governo caso suas demandas não sejam aceitas.

O grupo realizou uma manifestação com cerca de 30 mil líderes tribais em Sanaa, onde enviaram mensagem ao presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, dizendo que "todas as opções revolucionárias estão em aberto", caso um governo não seja formado.

"Nosso próximo encontro será na sede do governo", alerta Deif Allah Rassam, porta-voz da chamada Aliança Popular Tribal.

A formação do governo é parte de um acordo da Organização das Nações Unidas (ONU) para encerrar a crise política do Iêmen de modo pacífico.

O acordo, assinado pelos Houthis e outras facções do país, estipula que os rebeldes xiitas do grupo irão retirar suas forças de todas as cidades e devolver os quartéis capturados ao governo.

No entanto, os Houthis afirmam que seus comitês continuarão a enfrentar os militantes da Al Qaeda e extirpar a corrupção.

Muitos dos manifestantes também entoaram um slogan da tribo que diz: "Morte à América, morte à Israel, malditos judeus e vitória para o Islã".

O canto é parecido a um slogan revolucionário do Irã, com quem o grupo é suspeito de ter fortes laços.

Há alguns dias, o presidente Hadi disse que o Exército é a única força com permissão de defender o país do terrorismo e deveria lutar sozinho conta a Al Qaeda.

Hadi também pediu para que os Houthis recuassem e devolvessem as cidades tomadas à força.

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaGovernoIêmen

Mais de Mundo

Argentina declara Hamas como 'organização terrorista internacional'

Para Rússia, mísseis dos EUA na Alemanha transforma capitais europeias em 'vítimas potenciais'

Esquerda francesa enfrenta impasse para nomear primeiro-ministro; entenda

Brasil observa eleição na Venezuela com ‘preocupação e confiança’, diz Amorim

Mais na Exame