O senador republicano Rand Paul, de Kentucky (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2015 às 21h11.
Washington - O senador republicano Rand Paul conquistou neste sábado uma posição privilegiada para as eleições presidenciais de 2016 ao conseguir o maior número de votos em uma pesquisa informal dos conservadores sobre seus políticos favoritos.
Paul liderou a pesquisa pelo terceiro ano consecutivo, realizada no encerramento da Conferência Conservadora de Ação Política (CPAC), a maior reunião anual de ativistas conservadores do país.
O senador pelo estado do Kentucky obteve 25,7% dos votos, à frente do governador de Wisconsin, Scott Walker, que obteve 21,4%, percentual muito superior ao do ano passado.
Em terceiro lugar ficou o senador pelo Texas, Ted Cruz, com 11,5% dos votos, seguido muito de perto pelo médico Ben Carson, que teve 11,4%.
O ex-governador da Flórida, Jeb Bush, foi o quinto na lista, com 8,3% de apoios, e o senador Marco Rubio ficou em sétimo, com 3,7%, atrás do ex-senador e ex-pré-candidato à presidência Rick Santorum.
Na lanterna ficaram o magnata Donald Trump, em oitavo com 3,5% dos votos; o governador de Nova Jersey, Chris Christie, 10º com 2,8%; e o ex-governador do Texas, Rick Perry, 11º, com 1,1% de apoios.
Apesar de a pesquisa ser tomada como um termômetro confiável do ambiente entre os conservadores, nenhum ganhador da pesquisa no ano anterior das eleições presidenciais foi depois indicado como candidato republicano, pelo menos nas últimas cinco eleições presidenciais do país.
Paul, o ganhador desde 2013, está afastado do núcleo convencional do partido e propõe um conservadorismo com mínimo protagonismo do Estado. Além disso, pede a descriminalização da maconha e é contrário a intervenções militares no exterior ou de colocar a segurança acima das liberdades constitucionais.
Os ativistas conservadores reunidos na CPAC também se mostraram a favor da utilização pelo Congresso de técnicas orçamentárias para barrar as medidas executivas do presidente Barack Obama, como a que suspende a deportação de cinco milhões de imigrantes ilegais.
60% dos ativistas disseram estar 'categoricamente de acordo' com a estratégia republicana contra as medidas migratórias.
Nas últimas semanas, os republicanos utilizaram o orçamento do Departamento de Segurança Nacional (DHS), com competência em imigração, para atacar o plano de Obama, ao barrarem o repasse dos recursos necessários para a execução dessas medidas.
A disputa no Congresso se resolveu temporariamente na sexta-feira, com a aprovação de uma medida para prorrogar os fundos do DHS em uma semana e evitar que a pasta ficasse sem orçamento, mas uma solução permanente ainda não foi acordada.
Os mais de três mil ativistas que participaram da pesquisa da CPAC mostraram também apoio à legalização da maconha: 41% opinaram que o uso recreativo da droga deve ser legal, e 26% disseram que deve ser permitido pelo menos o uso com fins medicinais. EFE