Protestos contra presidente têm mais de 100 detidos no Egito
As detenções foram efetuadas em nove províncias egípcias, embora a maioria tenha acontecido no Cairo
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2016 às 16h13.
Cairo - Pelo menos 120 pessoas foram detidas nesta sexta-feira em manifestações em todo o Egito contra a decisão tomada pelo presidente do país, Abdul Fatah al Sisi, de ceder à Arábia Saudita duas ilhas no Mar Vermelho, informaram à Agência Efe fontes de segurança.
As detenções foram efetuadas em nove províncias egípcias, embora a maioria tenha acontecido no Cairo, onde milhares de pessoas se manifestaram nos maiores protestos contra o governo de Al Sisi nos últimos meses.
O maior deles aconteceu às portas do Sindicato de Jornalistas Egípcios, no centro da cidade, onde se reuniram mais de mil ativistas laicos e esquerdistas e membros de partidos ou grupos opositores.
As forças de segurança permitiram que os manifestantes permanecessem junto ao sindicato durante várias horas, cercados por um cordão policial, mas quando se preparavam dissolver o protesto, a polícia interveio.
Fontes de segurança disseram à Efe que as forças de segurança empregaram abundante material antidistúrbios e detiveram vários dos manifestantes nas ruas próximas ao sindicato.
Além disso, ao longo do dia, a polícia dispersou passeatas em vários pontos do Cairo e na cidade mediterrânea de Alexandria, onde também empregou material antidistúrbios para isso.
Os protestos foram convocados por cidadãos e ativistas que se mobilizaram através do Facebook e foram acompanhados por grupos opositores, como o Movimento 6 de Abril e os Socialistas Revolucionários, além da Irmandade Muçulmana, atualmente ilegalizada.
Os manifestantes cantaram palavras de ordem contra Al Sisi, que chegou ao poder após o golpe de Estado de 3 de julho de 2013 que derrubou o então presidente egípcio, o islamita Mohammed Mursi, e pediram sua saída, além de repetir os lemas da revolução egípcia de 2011, que acabou com o regime de Hosni Mubarak após 30 anos no poder.
Esta é a primeira vez que Al Sisi, que segundo os analistas fez do patriotismo seu principal trunfo político, é criticado e atacado por muito diversos e amplos setores da sociedade, após a decisão de "devolver" à Arábia Saudita duas estratégicas ilhas consideradas egípcias até o momento.
Segundo o governo de Al Sisi, as ilhas de Tirán e Sanafir só estavam sob a tutela do Egito, mas pertencem à Arábia Saudita, enquanto muitos cidadãos, políticos e ativistas reivindicam a plena soberania sobre ambos territórios. EFE
Cairo - Pelo menos 120 pessoas foram detidas nesta sexta-feira em manifestações em todo o Egito contra a decisão tomada pelo presidente do país, Abdul Fatah al Sisi, de ceder à Arábia Saudita duas ilhas no Mar Vermelho, informaram à Agência Efe fontes de segurança.
As detenções foram efetuadas em nove províncias egípcias, embora a maioria tenha acontecido no Cairo, onde milhares de pessoas se manifestaram nos maiores protestos contra o governo de Al Sisi nos últimos meses.
O maior deles aconteceu às portas do Sindicato de Jornalistas Egípcios, no centro da cidade, onde se reuniram mais de mil ativistas laicos e esquerdistas e membros de partidos ou grupos opositores.
As forças de segurança permitiram que os manifestantes permanecessem junto ao sindicato durante várias horas, cercados por um cordão policial, mas quando se preparavam dissolver o protesto, a polícia interveio.
Fontes de segurança disseram à Efe que as forças de segurança empregaram abundante material antidistúrbios e detiveram vários dos manifestantes nas ruas próximas ao sindicato.
Além disso, ao longo do dia, a polícia dispersou passeatas em vários pontos do Cairo e na cidade mediterrânea de Alexandria, onde também empregou material antidistúrbios para isso.
Os protestos foram convocados por cidadãos e ativistas que se mobilizaram através do Facebook e foram acompanhados por grupos opositores, como o Movimento 6 de Abril e os Socialistas Revolucionários, além da Irmandade Muçulmana, atualmente ilegalizada.
Os manifestantes cantaram palavras de ordem contra Al Sisi, que chegou ao poder após o golpe de Estado de 3 de julho de 2013 que derrubou o então presidente egípcio, o islamita Mohammed Mursi, e pediram sua saída, além de repetir os lemas da revolução egípcia de 2011, que acabou com o regime de Hosni Mubarak após 30 anos no poder.
Esta é a primeira vez que Al Sisi, que segundo os analistas fez do patriotismo seu principal trunfo político, é criticado e atacado por muito diversos e amplos setores da sociedade, após a decisão de "devolver" à Arábia Saudita duas estratégicas ilhas consideradas egípcias até o momento.
Segundo o governo de Al Sisi, as ilhas de Tirán e Sanafir só estavam sob a tutela do Egito, mas pertencem à Arábia Saudita, enquanto muitos cidadãos, políticos e ativistas reivindicam a plena soberania sobre ambos territórios. EFE