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Premiê de Israel pede “mandato claro” em eleição antecipada

Um dia depois de Netanyahu demitir membros centristas de sua coalizão de governo, líderes de partidos concordaram com a data de 17 de março para eleição

Benjamin Netanyahu: “a eleição a caminho trata de uma questão: quem irá liderar o país diante dos tremendos desafios que Israel enfrenta (Ronen Zvulun/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 11h42.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, pediu nesta quarta-feira um “mandato claro” dos eleitores na eleição antecipada que convocou, e as pesquisas de opinião mostram que o líder de direita ruma para um quarto mandato à frente do governo.

Um dia depois de Netanyahu demitir membros centristas de sua coalizão de governo, líderes de partidos no Parlamento concordaram com a data de 17 de março para a eleição, e os legisladores aprovaram a dissolução do Congresso em uma votação preliminar.

Duas pesquisas divulgadas na terça-feira previram que o partido de Netanyahu, o Likud, seria o maior vitorioso no pleito, mas sem a maioria absoluta no Parlamento de 120 cadeiras, se a votação fosse realizada agora.

Isso deixaria Netanyahu em boa situação para formar o que provavelmente será o governo mais direitista dos 66 anos de história de Israel, composto por seus atuais parceiros ultra-nacionalistas e possíveis aliados dos judeus ortodoxos – mas sem a presença dos moderados, até então aliados.

O governo de cinco partidos de Netanyahu, que assumiu no ano passado, vem se desentendendo por conta de uma série de desavenças, como o orçamento de 2015 e um projeto de lei para declarar Israel um Estado judaico, o que críticos dizem discriminar cidadãos árabes.

“A eleição a caminho trata de uma questão: quem irá liderar o país diante dos tremendos desafios que Israel enfrenta – segurança, economia, regionais”, afirmou Netanyahu em um discurso público aos parlamentares do Likud.

Ele pediu que se evite o tipo de divisão na votação da direita da eleição passada, de janeiro de 2013, que deixou sua legenda com 18 assentos no Parlamento, comparados aos 13 e 12 conquistados por partidos ultra-nacionalistas que mais tarde se juntaram à sua coalizão.

“Todo aquele que deseje oferecer um mandato claro para que um primeiro-ministro do Likud lidere o país precisar dar muitos votos ao Likud”, afirmou Netanyahu. “Esta é a principal lição de nossa experiência nos últimos anos. Este é o desafio desta campanha eleitoral”.

Israel não deveria realizar uma eleição antes de 2017, mas Netanyahu, acusando o ministro da Fazenda, Yair Lapid, e a ministra da Justiça, Tzipi Livni, de o sabotarem, repudiou ambos na terça-feira e anunciou querer desmontar o parlamento “assim que possível”.

Assim que uma votação final para a dissolução da legislatura for realizada na semana que vem, Netanyahu irá conduzir um governo agora de minoria até a posse de um novo gabinete após o pleito.

Lapid e Livni vinham ridicularizando os direitistas que predominam no gabinete e a política internacionalmente criticada de incentivar a construção de assentamentos judeus em terras ocupadas que os palestinos desejam para seu Estado.

No Facebook, Livni disse que a próxima eleição será um teste para a vontade dos israelenses de derrotar o “extremismo”.

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Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, pediu nesta quarta-feira um “mandato claro” dos eleitores na eleição antecipada que convocou, e as pesquisas de opinião mostram que o líder de direita ruma para um quarto mandato à frente do governo.

Um dia depois de Netanyahu demitir membros centristas de sua coalizão de governo, líderes de partidos no Parlamento concordaram com a data de 17 de março para a eleição, e os legisladores aprovaram a dissolução do Congresso em uma votação preliminar.

Duas pesquisas divulgadas na terça-feira previram que o partido de Netanyahu, o Likud, seria o maior vitorioso no pleito, mas sem a maioria absoluta no Parlamento de 120 cadeiras, se a votação fosse realizada agora.

Isso deixaria Netanyahu em boa situação para formar o que provavelmente será o governo mais direitista dos 66 anos de história de Israel, composto por seus atuais parceiros ultra-nacionalistas e possíveis aliados dos judeus ortodoxos – mas sem a presença dos moderados, até então aliados.

O governo de cinco partidos de Netanyahu, que assumiu no ano passado, vem se desentendendo por conta de uma série de desavenças, como o orçamento de 2015 e um projeto de lei para declarar Israel um Estado judaico, o que críticos dizem discriminar cidadãos árabes.

“A eleição a caminho trata de uma questão: quem irá liderar o país diante dos tremendos desafios que Israel enfrenta – segurança, economia, regionais”, afirmou Netanyahu em um discurso público aos parlamentares do Likud.

Ele pediu que se evite o tipo de divisão na votação da direita da eleição passada, de janeiro de 2013, que deixou sua legenda com 18 assentos no Parlamento, comparados aos 13 e 12 conquistados por partidos ultra-nacionalistas que mais tarde se juntaram à sua coalizão.

“Todo aquele que deseje oferecer um mandato claro para que um primeiro-ministro do Likud lidere o país precisar dar muitos votos ao Likud”, afirmou Netanyahu. “Esta é a principal lição de nossa experiência nos últimos anos. Este é o desafio desta campanha eleitoral”.

Israel não deveria realizar uma eleição antes de 2017, mas Netanyahu, acusando o ministro da Fazenda, Yair Lapid, e a ministra da Justiça, Tzipi Livni, de o sabotarem, repudiou ambos na terça-feira e anunciou querer desmontar o parlamento “assim que possível”.

Assim que uma votação final para a dissolução da legislatura for realizada na semana que vem, Netanyahu irá conduzir um governo agora de minoria até a posse de um novo gabinete após o pleito.

Lapid e Livni vinham ridicularizando os direitistas que predominam no gabinete e a política internacionalmente criticada de incentivar a construção de assentamentos judeus em terras ocupadas que os palestinos desejam para seu Estado.

No Facebook, Livni disse que a próxima eleição será um teste para a vontade dos israelenses de derrotar o “extremismo”.

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