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Premiê da Hungria desiste de lei contra cota de imigrantes

Orban havia dito que a emenda era necessária para honrar um referendo que rejeitou cotas da União Europeia para receber imigrantes

Viktor Orban: "Tentamos colocar a decisão do referendo na Constituição, mas não conseguimos fazê-lo, já que a oposição se aliou a Bruxelas" (Attila Kisbenedek/AFP)
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Reuters

Publicado em 11 de novembro de 2016 às 10h03.

Budapeste - O governo da Hungria não irá reapresentar uma lei para proibir o assentamento de imigrantes depois de o Parlamento rejeitar o plano por uma pequena margem nesta semana, disse o primeiro-ministro, Viktor Orban, à rádio estatal nesta sexta-feira.

Orban havia dito que a emenda era necessária para honrar um referendo de outubro no qual mais de três milhões de húngaros, a maioria esmagadora dos que votaram, rejeitaram cotas da União Europeia que estipulavam quantos imigrantes os países-membros do bloco devem aceitar.

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O partido de extrema direita Jobbik selou a rejeição do projeto de lei boicotando a votação na terça-feira, e disse que irá dar todo seu apoio à proibição se Orban descartar uma proposta separada de títulos do governo que permite a estrangeiros adquirirem direitos de residência.

Mas ceder à exigência do Jobbik teria sido politicamente difícil para o premiê depois da derrota parlamentar.

"Tentamos colocar isto (a decisão do referendo) na Constituição, mas não conseguimos fazê-lo, já que a oposição se aliou a Bruxelas", disse Orban na entrevista à rádio.

Como resultado, acrescentou, seu governo terá que lutar contra as cotas da UE em Bruxelas usando a Constituição húngara em vigor.

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