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Premiê britânico paga preço político por rejeição a ataque

Pesquisas mostram que maioria dos britânicos considerou David Cameron "imprudente" por defender um ataque à Síria

David Cameron discursa na Câmara dos Comuns, em Londres, durante a votação para decidir sobre uma intervenção militar na Síria (UK Parliament via Reuters TV)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 20h25.

Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, sofreu um abalo político ao não conseguir aprovação parlamentar para um ataque à Síria , segundo pesquisas divulgadas nesta segunda-feira, mostrando que a maioria dos britânicos o considerou "imprudente" e que o apoio ao seu Partido Conservador está em queda.

Para 59 por cento dos entrevistados na pesquisa Comres/ITV, o premiê agiu mal ao organizar a votação parlamentar da quinta-feira sem saber de antemão se teria apoio suficiente.

Outra pesquisa mostrou que a vantagem da oposição trabalhista nas intenções de voto subiu de quatro para dez pontos percentuais depois do fiasco de Cameron no Parlamento, o que é um mau prenúncio para suas chances de reeleição em 2015.

"A vantagem de dez pontos é maior do que vínhamos vendo ultimamente, sugerindo pelo menos algum impacto da votação sobre a Síria", disse o instituto YouGov, responsável pela segunda pesquisa.

Por 285 a 272 votos, a Câmara dos Comuns rejeitou na quinta-feira uma moção de apoio a um ataque à Síria para punir o governo de Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis, embora o premiê tivesse feito grandes concessões para tentar aprová-la.

Bem antes da votação, já estava claro que a maioria dos britânicos se opunha ao envolvimento militar no conflito sírio, mas as pesquisas mostram também que a opinião pública considera que Cameron cometeu graves equívocos em toda essa situação.

O governo rejeita a hipótese de submeter a questão a uma nova votação, apesar da pressão de alguns parlamentares nesse sentido. Alguns ministros acusaram os trabalhistas de sabotarem a votação, o que a oposição nega.

Comentaristas dizem que repetir a votação não seria do interesse de ninguém. Para Cameron, uma nova derrota poderia levar sua liderança a ser desafiada no partido.

Muitos analistas dizem também que a rejeição parlamentar à moção pode ter abalado a "relação especial" da Grã-Bretanha com os Estados Unidos, mas uma terceira pesquisa, da BBC, mostrou que 72 por cento dos entrevistados não veem um abalo nas relações e que dois terços não se importariam se isso acontecesse.

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Para 59 por cento dos entrevistados na pesquisa Comres/ITV, o premiê agiu mal ao organizar a votação parlamentar da quinta-feira sem saber de antemão se teria apoio suficiente.

Outra pesquisa mostrou que a vantagem da oposição trabalhista nas intenções de voto subiu de quatro para dez pontos percentuais depois do fiasco de Cameron no Parlamento, o que é um mau prenúncio para suas chances de reeleição em 2015.

"A vantagem de dez pontos é maior do que vínhamos vendo ultimamente, sugerindo pelo menos algum impacto da votação sobre a Síria", disse o instituto YouGov, responsável pela segunda pesquisa.

Por 285 a 272 votos, a Câmara dos Comuns rejeitou na quinta-feira uma moção de apoio a um ataque à Síria para punir o governo de Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis, embora o premiê tivesse feito grandes concessões para tentar aprová-la.

Bem antes da votação, já estava claro que a maioria dos britânicos se opunha ao envolvimento militar no conflito sírio, mas as pesquisas mostram também que a opinião pública considera que Cameron cometeu graves equívocos em toda essa situação.

O governo rejeita a hipótese de submeter a questão a uma nova votação, apesar da pressão de alguns parlamentares nesse sentido. Alguns ministros acusaram os trabalhistas de sabotarem a votação, o que a oposição nega.

Comentaristas dizem que repetir a votação não seria do interesse de ninguém. Para Cameron, uma nova derrota poderia levar sua liderança a ser desafiada no partido.

Muitos analistas dizem também que a rejeição parlamentar à moção pode ter abalado a "relação especial" da Grã-Bretanha com os Estados Unidos, mas uma terceira pesquisa, da BBC, mostrou que 72 por cento dos entrevistados não veem um abalo nas relações e que dois terços não se importariam se isso acontecesse.

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