PP leva eleições locais espanholas, mas esquerda ganha força
O líder da centro-direita e presidente do Governo, Mariano Rajoy, convocará na segunda-feira a direção de seu partido para analisar os resultados
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2015 às 06h41.
O governante Partido Popular (PP, centro-direita) ganhou as eleições municipais deste domingo na Espanha em votos e vereadores, mas previsivelmente perderá o poder em importantes prefeituras, como a da capital, Madri.
Tanto a capital como em Barcelona, a segunda cidade do país, terão muito provavelmente prefeitos de partidos muito recentes, de corte radical, que nasceram do movimento dos indignados.
Com cerca de 99% das urnas apuradas, o PP ganhou as eleições locais com 27,02% dos votos, mais de dez pontos abaixo do obtido há quatro anos, seguido pelo PSOE (socialista), com 25,02%, dois pontos e meio a menos que em 2011.
Embora ambos os partidos, que durante as três últimas décadas se revezaram no poder, tenham se mantido nos dois primeiros postos, os espanhóis penalizaram claramente o bipartidarismo tradicional e deram espaço para duas formações que serão chave no tabuleiro político espanhol: Podemos (esquerda radical) e Ciudadanos (centristas liberais).
O PP, que governava com comodidade na maioria das regiões e prefeituras espanholas, sofreu um forte desgaste e agora terá que fazer acordos com outras forças se quiser conservar uma parcela mais significativa de poder.
Será mais difícil em várias regiões, onde a união de formações de esquerda pode deixá-lo fora dos governos, assim como em importantes prefeituras.
O caso de mais destaque é Madri, onde o PP governava desde 1991 e onde provavelmente perderá, dando lugar como prefeita a Manuela Carmena, uma antiga juíza de 71 anos que representa um movimento surgido dos "indignados".
O mesmo acontece em Barcelona, onde a próxima prefeita provavelmente será Ada Colau, uma jovem ativista famosa por liderar a luta contra os despejos de inquilinos que afetaram muitas famílias por causa da crise econômica.
Em Bilbao governarão previsivelmente os nacionalistas do PNV, embora precisem de apoios, enquanto em Sevilha os socialistas voltarão a governar, e em Valência os conservadores poderiam manter a prefeitura, mas com a condição de pactuar com outros.
Madri e Valência foram durante mais de duas décadas os principais celeiros de votos do PP e a queda foi significativa, provocada pelo desgaste de governar durante a atual crise econômica e pelos vários casos de corrupção que afetaram conhecidos dirigentes.
O domínio do PP na política espanhola se traduzia até agora também no controle da maioria das comunidades autônomas.
A noite eleitoral certificou o afundamento de Esquerda Unida, uma coalizão nuclear em torno dos comunistas, assim como o dos centristas do UPyD, cujos votos migraram para o Ciudadanos, partido com o qual havia se recusado a coligar.
O líder da centro-direita e presidente do Governo, Mariano Rajoy, convocará na segunda-feira a direção de seu partido para analisar os resultados.
Outros partidos farão o mesmo para começar a avaliar as possibilidades de pactos que podem abrir uma nova forma de fazer política na Espanha.
O governante Partido Popular (PP, centro-direita) ganhou as eleições municipais deste domingo na Espanha em votos e vereadores, mas previsivelmente perderá o poder em importantes prefeituras, como a da capital, Madri.
Tanto a capital como em Barcelona, a segunda cidade do país, terão muito provavelmente prefeitos de partidos muito recentes, de corte radical, que nasceram do movimento dos indignados.
Com cerca de 99% das urnas apuradas, o PP ganhou as eleições locais com 27,02% dos votos, mais de dez pontos abaixo do obtido há quatro anos, seguido pelo PSOE (socialista), com 25,02%, dois pontos e meio a menos que em 2011.
Embora ambos os partidos, que durante as três últimas décadas se revezaram no poder, tenham se mantido nos dois primeiros postos, os espanhóis penalizaram claramente o bipartidarismo tradicional e deram espaço para duas formações que serão chave no tabuleiro político espanhol: Podemos (esquerda radical) e Ciudadanos (centristas liberais).
O PP, que governava com comodidade na maioria das regiões e prefeituras espanholas, sofreu um forte desgaste e agora terá que fazer acordos com outras forças se quiser conservar uma parcela mais significativa de poder.
Será mais difícil em várias regiões, onde a união de formações de esquerda pode deixá-lo fora dos governos, assim como em importantes prefeituras.
O caso de mais destaque é Madri, onde o PP governava desde 1991 e onde provavelmente perderá, dando lugar como prefeita a Manuela Carmena, uma antiga juíza de 71 anos que representa um movimento surgido dos "indignados".
O mesmo acontece em Barcelona, onde a próxima prefeita provavelmente será Ada Colau, uma jovem ativista famosa por liderar a luta contra os despejos de inquilinos que afetaram muitas famílias por causa da crise econômica.
Em Bilbao governarão previsivelmente os nacionalistas do PNV, embora precisem de apoios, enquanto em Sevilha os socialistas voltarão a governar, e em Valência os conservadores poderiam manter a prefeitura, mas com a condição de pactuar com outros.
Madri e Valência foram durante mais de duas décadas os principais celeiros de votos do PP e a queda foi significativa, provocada pelo desgaste de governar durante a atual crise econômica e pelos vários casos de corrupção que afetaram conhecidos dirigentes.
O domínio do PP na política espanhola se traduzia até agora também no controle da maioria das comunidades autônomas.
A noite eleitoral certificou o afundamento de Esquerda Unida, uma coalizão nuclear em torno dos comunistas, assim como o dos centristas do UPyD, cujos votos migraram para o Ciudadanos, partido com o qual havia se recusado a coligar.
O líder da centro-direita e presidente do Governo, Mariano Rajoy, convocará na segunda-feira a direção de seu partido para analisar os resultados.
Outros partidos farão o mesmo para começar a avaliar as possibilidades de pactos que podem abrir uma nova forma de fazer política na Espanha.