Protestos contra uma intervenção militar dos Estados Unidos na Síria em um parque próximo do Congresso americano em Washington (Jonathan Ernst/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2013 às 18h58.
Nações Unidas - Representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU vão se reunir na quarta-feira em Nova York para discutir a proposta que se destina a colocar o arsenal nuclear sírio sob controle internacional, segundo diplomatas.
Os enviados dos EUA, França e Grã-Bretanha estavam reunidos preliminarmente para discutir a redação de uma resolução do Conselho de Segurança. A versão inicial, apresentada pela França, previa um ultimato para que o governo sírio entregasse suas armas químicas, o que a Rússia considerou inaceitável.
Diplomatas disseram que há outras versões sendo discutidas, com uma tentativa de definir termos que sejam considerados aceitáveis pelas três potências ocidentais.
"Acho que eles vão chegar a um acordo", disse à Reuters um diplomata de um desses três países, pedindo anonimato.
Mais tarde, os embaixadores da Rússia e da China, também com poder de veto, vão se incorporar à reunião.
"Entendo que eles irão discutir os princípios gerais dos planos para lidar com as armas químicas da Síria", disse um diplomata, pedindo anonimato. "Eles (representantes das cinco potências) não vão realmente discutir ainda os esboços de resolução." Na quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, vão se reunir em Genebra para discutir maneiras de superar o impasse. A Rússia, com apoio da China, já vetou três propostas do Conselho de Segurança que condenavam Assad e ameaçavam impor sanções por seu comportamento na guerra civil iniciada há dois anos e meio.
Na terça-feira, a Síria disse que aceitaria a proposta russa para entregar seu arsenal químico ao controle internacional, o que permitiria a Assad ser poupado de uma ação militar norte-americana como punição pelo suposto ataque com gás sarin contra civis em 21 de agosto. O governo sírio nega ter cometido esse ataque.
A Rússia diz que sua proposta deveria ser referendada pelo Conselho de Segurança por meio de uma "declaração presidencial", e não por uma resolução de cumprimento obrigatório. Diplomatas ocidentais dizem que a declaração presidencial seria insuficiente para obter o efeito desejado.