Poroshenko disposto a plebiscito sobre modelo de Estado
Reforma constitucional é um dos pontos incluídos no acordo de paz de Minsk, assinado entre representantes do governo de Kiev e separatistas pró-Rússia
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2015 às 09h21.
Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, disse nesta segunda-feira que está disposto a convocar um plebiscito nacional sobre o modelo de governo da Ucrânia para decidir entre um Estado federal ou unitário.
"Estou disposto a convocar um plebiscito sobre o modelo estatal se os senhores acharem necessário", disse Poroshenko na reunião inaugural da Comissão Constitucional, integrada por deputados de todos os grupos políticos do parlamento e criada para reformar a Carta Magna.
A reforma constitucional é um dos pontos incluídos no acordo de paz de Minsk, assinado em 12 de fevereiro entre representantes do governo de Kiev e separatistas pró-Rússia com mediação dos presidentes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França.
Embora o documento preveja a participação de todas as regiões na reforma constitucional, Kiev considera os atuais líderes dos separatistas sem legitimidade e exige a realização nos territórios rebeldes de eleições locais segundo as leis ucranianas. A proposta é rejeitada pelos separatistas.
"O diálogo será unicamente com representantes do leste escolhidos legalmente. Esperamos que a Rússia cumpra com seus compromissos segundo o acordo de Minsk e se realizem eleições honestas e transparentes, de acordo com os padrões da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa)", disse por sua vez o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.
Mais uma vez, o chefe do governo ucraniano se referiu aos separatistas das regiões de Donetsk e Lugansk como fantoches da Rússia, acuada por Kiev acusa de estar por trás da sublevação no leste e da exigência dos separatistas para "federalizar" o país.
"Nem Moscou nem ninguém tem direito a nos dizer como deve ser nossa Constituição. É nosso país e nossa Constituição", afirmou Yatseniuk.
Já Poroshenko se referiu à "federalização" como "uma espécie de infecção", trazida de "fora para destruir a unidade demonstrada durante a guerra".
O presidente disse ainda que a "Ucrânia foi, é e será um Estado unitário, porque quase 90% da população é contra" o modelo federal para o país.
Poroshenko ressaltou que a descentralização do poder que a nova Constituição incluirá não afetará os setores de defesa, segurança nacional e política externa, como pedem os separatistas. Além disso, o russo não seria reconhecido como segunda língua oficial no país.
Os rebeldes reagiram às declarações de Poroshenko e disseram que a postura de Kiev sobre o status de língua russa e o modelo territorial da Ucrânia é "inaceitável".
"Tudo o que dizem e fazem agora não respeita os acordos de Minsk", afirmou Andrei Purguin, presidente do órgão legislativo da autoproclamada República Popular de Donetsk.
Desde 15 de fevereiro vigora no leste da Ucrânia um cessar-fogo previsto nos acordos de Minsk, mas tanto as forças governamentais como os rebeldes pró-Rússia se acusam mutuamente de violar a trégua.
Segundo o último relatório da ONU, mais de seis mil pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde o início da sublevação, em meados de abril de 2014.
Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, disse nesta segunda-feira que está disposto a convocar um plebiscito nacional sobre o modelo de governo da Ucrânia para decidir entre um Estado federal ou unitário.
"Estou disposto a convocar um plebiscito sobre o modelo estatal se os senhores acharem necessário", disse Poroshenko na reunião inaugural da Comissão Constitucional, integrada por deputados de todos os grupos políticos do parlamento e criada para reformar a Carta Magna.
A reforma constitucional é um dos pontos incluídos no acordo de paz de Minsk, assinado em 12 de fevereiro entre representantes do governo de Kiev e separatistas pró-Rússia com mediação dos presidentes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França.
Embora o documento preveja a participação de todas as regiões na reforma constitucional, Kiev considera os atuais líderes dos separatistas sem legitimidade e exige a realização nos territórios rebeldes de eleições locais segundo as leis ucranianas. A proposta é rejeitada pelos separatistas.
"O diálogo será unicamente com representantes do leste escolhidos legalmente. Esperamos que a Rússia cumpra com seus compromissos segundo o acordo de Minsk e se realizem eleições honestas e transparentes, de acordo com os padrões da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa)", disse por sua vez o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.
Mais uma vez, o chefe do governo ucraniano se referiu aos separatistas das regiões de Donetsk e Lugansk como fantoches da Rússia, acuada por Kiev acusa de estar por trás da sublevação no leste e da exigência dos separatistas para "federalizar" o país.
"Nem Moscou nem ninguém tem direito a nos dizer como deve ser nossa Constituição. É nosso país e nossa Constituição", afirmou Yatseniuk.
Já Poroshenko se referiu à "federalização" como "uma espécie de infecção", trazida de "fora para destruir a unidade demonstrada durante a guerra".
O presidente disse ainda que a "Ucrânia foi, é e será um Estado unitário, porque quase 90% da população é contra" o modelo federal para o país.
Poroshenko ressaltou que a descentralização do poder que a nova Constituição incluirá não afetará os setores de defesa, segurança nacional e política externa, como pedem os separatistas. Além disso, o russo não seria reconhecido como segunda língua oficial no país.
Os rebeldes reagiram às declarações de Poroshenko e disseram que a postura de Kiev sobre o status de língua russa e o modelo territorial da Ucrânia é "inaceitável".
"Tudo o que dizem e fazem agora não respeita os acordos de Minsk", afirmou Andrei Purguin, presidente do órgão legislativo da autoproclamada República Popular de Donetsk.
Desde 15 de fevereiro vigora no leste da Ucrânia um cessar-fogo previsto nos acordos de Minsk, mas tanto as forças governamentais como os rebeldes pró-Rússia se acusam mutuamente de violar a trégua.
Segundo o último relatório da ONU, mais de seis mil pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde o início da sublevação, em meados de abril de 2014.