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Policiais são baleados em Ferguson durante protesto

Um dos policiais foi atingido no rosto e o outro nas costas quando a força de segurança tentava dispersar um protesto diante da delegacia

Manifestantes encaram policiais em frente à delegacia de Ferguson (Michael B. Thomas/AFP)

Manifestantes encaram policiais em frente à delegacia de Ferguson (Michael B. Thomas/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 10h05.

Washington - Dois policiais foram feridos por tiros nesta quinta-feira na cidade americana de Ferguson (Missouri), onde a morte de um jovem negro em agosto passado provocou uma onda de protestos.

Os dois oficiais estão vivos e conscientes, informou o chefe de polícia do condado de San Luis, Jon Belmar.

Um dos policiais foi atingido no rosto e o outro nas costas quando a força de segurança tentava dispersar um protesto diante da delegacia.

Uma testemunha, Markus Roehrer, declarou ao canal CNN que ouviu tiros e em um primeiro momento pensou que poderiam ser pequenas bombas.

"Quando vi os policiais no chão, percebi que era algo muito pior", disse.

Belmar afirmou que não foi possível determinar a procedência dos tiros, mas de acordo com Roehrer o barulho das detonações teve origem atrás de um pequeno grupo de 40 manifestantes.

"Mas atribuir isto aos manifestantes seria totalmente injusto", disse Roehrer à CNN.

Os incidentes aconteceram após a renúncia na quarta-feira do chefe de polícia de Fergurson, Thomas Jackson.

Jackson renunciou após a publicação de um relatório do Departamento de Justiça que denuncia a discriminação racial praticada pela polícia de Fergurson.

Em agosto de 2014, um policial de Fergurson matou um adolescente negro, Michael Brown, que foi atingido por tiros apesar de estar desarmado.

O assassinato de Brown pelo policial branco Darren Wilson provocou protestos e um debate nacional sobre a persistência de condutas racistas na polícia dos Estados Unidos.

Na semana passada, o Departamento de Justiça anunciou não ter provas suficientes para processar Wilson, mas admitiu que a polícia de Ferguson e a justiça municipal atuam com base em preconceitos racistas.

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