Polícia divulga saldo de 26 mortos em tiroteio em igreja no Texas
O autor dos disparos, identificado como Devin Kelley, um homem branco de 26 anos, morreu depois de realizar o massacre em Sutherland Springs
EFE
Publicado em 6 de novembro de 2017 às 06h51.
Última atualização em 6 de novembro de 2017 às 10h16.
Houston - Um total de 26 pessoas foram mortas neste domingo quando assistiam a um culto em uma igreja Batista de uma pequena cidade do Texas, nos Estados Unidos , devido aos disparos realizados por um homem que aparentemente usou um rifle de assalto semiautomático.
O autor dos disparos, identificado por vários meios de imprensa como Devin Kelley, um homem branco de 26 anos, morreu depois de realizar o massacre em Sutherland Springs, comunidade texana com menos de 500 habitantes.
Ainda não se sabe se Kelley morreu abatido pela Polícia ou se se suicidou, de acordo com o porta-voz de Robert Murphy, xerife do Condado de Guadalupe.
O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, informou à "Fox News" que são de 25 a 27 os mortos e um número maior os feridos após o tiroteio na Primeira Igreja Batista em Sutherland Springs, números que coincidem com outros ventilados por funcionários locais nas últimas horas.
A primeira vítima identificada é uma menina de 14 anos, Annabel Pomeroy, filha do pastor do templo, Frank Pomeroy, morte confirmada pela "ABC News".
O autor do tiroteio escapou do local em seu automóvel, o que pode ser visto em imagens de televisão no meio de um campo e com vários agentes e peritos policiais trabalhando a seu redor.
O homem foi perseguido pela Polícia até esse local, situado segundo o canal KSAT a 17 km da cidade, que fica a 45 km de San Antonio.
Até agora isso tudo é o que se sabe do atirador, além de que aparentemente usou uma espingarda de assalto semiautomática, segundo os moradores que escutaram os disparos de fora do templo.
Uma caixa de um posto de gasolina situado do outro lado da rua do templo afirmou à "CNN" que escutou cerca de 20 disparos "em rápida sucessão enquanto acontecia o culto " às 11h30 (15h30 em Brasília).
"Estamos em choque", disse à "Univision" o representante democrata pelo Texas Vicente González, ressaltando que Sutherland Springs é uma pequena cidade de "gente boa" onde nunca tinha acontecido nada parecido.
Até agora não se sabe totalmente os motivos que levaram Kelley a cometer tal ato.
Espera-se que as autoridades policiais de Sutherland Springs deem uma entrevista coletiva para informar sobre o que foi apurado até agora pela investigação.
O xerife Murphy afirmou, segundo a "CNN", que as forças de segurança e o autor dos disparos, na perseguição que seguiu ao tiroteio, entraram no condado de Guadalupe que é vizinho ao de Wilson, ao qual pertence Sutherland Springs.
Segundo González, Sutherland Springs é uma pequena cidade rural de maioria de população anglo-saxã. Os latinos representam 20% do total.
Segundo sua opinião, o fato é outra "tragédia nacional". "Isto cruza as linhas raciais e de partidos, as zonas urbanas e as rurais", afirmou para indicar que o Congresso deve estudar por que está acontecendo esta "epidemia" e buscar soluções para a violência das armas de fogo.
Em Sutherland Springs há uma forte presença policial, incluindo o FBI, assim como pessoal de saúde que transportou várias pessoas a dois hospitais vizinhos, um deles militar.
Muitos dos feridos foram levados para o Centro Médico Militar Brooke assim como para o hospital Connally em Floresville, a 24 km de distância de onde ocorreu o tiroteio.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está no Japão, disse que estava acompanhando de lá a situação.
"Que Deus esteja com o povo de Sutherland Springs, Texas. O FBI e as agências da lei estão no local. Estou acompanhando a situação aqui do Japão", escreveu Trump na sua conta oficial do Twitter.
"Nossos pensamentos e orações estão com todos os amigos e familiares afetados. Que Deus lhes proporcione consolo neste momento de tragédia", declarou em comunicado Sarah Huckabee Sanders, porta-voz da Casa Branca, acrescentando que Trump tinha falado por telefone com o governador do Texas, Greg Abbott. EFE