Exame Logo

Polícia desmantela acampamentos em Hong Kong

Após a polícia de Hong Kong desmantelar acampamentos de manifestantes, novos confrontos começaram

Manifestantes encaram policiais durante um protesto no distrito de Mongkok, em Hong Kong (Ed Jones/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 18h37.

Hong Kong -Novos confrontos foram registrados nesta sexta-feira em Hong Kong quando manifestantes pró- democracia tentaram retomar um acampamento em um subúrbio densamente populado e que a polícia havia desmantelado horas antes.

A polícia usou gás de pimenta e cassetetes para fazer os manifestantes retrocederem quando tentavam ocupar novamente uma via principal de Mongkok, na parte continental de Hong Kong, onde haviam instalado seu acampamento durante quase três semanas.

Durante a madrugada, a polícia de Hong Kong desmantelou o acampamento, retirando barricadas e barracas sem encontrar resistência.

Este acampamento de Mongkok, que estava praticamente vazio durante a remoção, já foi palco de violentos choques entre manifestantes e populares irritados por quase três semanas de manifestações que paralisaram o bairro.

Mongkok foi o terceiro bairro da lista de remoções, após a retirada das barricadas situadas na ilha principal, em Admiralty, na zona da sede do Executivo, e em Causeway Bay, bairro comercial de Hong Kong.

Na quinta-feira, o chefe do Executivo local, Leung Cheun-ying, abriu a porta para discussões com os estudantes, uma semana após seu governo anular um primeiro diálogo com os manifestantes.

"Nestes últimos dias e, inclusive nesta manhã, comunicamos aos estudantes que gostaríamos de iniciar um diálogo sobre o voto universal o quanto antes, se possível na próxima semana", disse Leung Cheun-ying à imprensa.

O principal grêmio estudantil de Hong Kong recebeu a oferta com prudência: "vamos ver como reagem as pessoas aqui", declarou Lester Shum, subsecretário-geral da Federação de Estudantes de Hong Kong (HKFS).

As autoridades de Hong Kong afirmaram esta semana que iriam investigar as agressões de policiais contra os manifestantes.

Os Estados Unidos também pediram uma "investigação completa", depois que policiais foram filmados agredindo um manifestante.

As imagens da agressão, exibidas pelo canal TVB, parecem ter sido gravadas na terça-feira à noite, durante confrontos entre policiais e ativistas que tinham acabado de erguer barricadas.

No vídeo, seis policiais à paisana arrastam um manifestante algemado para uma parte afastada de um parque na região dos ministérios, no bairro de Admiralty.

O manifestante foi obrigado a ficar no chão. Um oficial aparece agredindo a vítima com socos, enquanto outros três chutam o manifestante. A agressão durou quatro minutos.

A chamada "revolução dos guarda-chuvas" exige, principalmente, o sufrágio universal para a escolha do próximo chefe do Executivo de Hong Kong nas eleições de 2017, algo que o governo central em Pequim, que mantém o controle sobre os candidatos locais, sujeita a condições.

A China aceita o princípio de sufrágio universal para a eleição do chefe do Executivo de Hong Kong em 2017, mas não abre mão de controlar o processo eleitoral e as candidaturas através de um comitê.

Pequim não mudará de opinião, advertiu Leung Cheun-ying. "A política é a arte do possível e devemos distinguir entre o que é possível e o que é impossível".

Veja também

Hong Kong -Novos confrontos foram registrados nesta sexta-feira em Hong Kong quando manifestantes pró- democracia tentaram retomar um acampamento em um subúrbio densamente populado e que a polícia havia desmantelado horas antes.

A polícia usou gás de pimenta e cassetetes para fazer os manifestantes retrocederem quando tentavam ocupar novamente uma via principal de Mongkok, na parte continental de Hong Kong, onde haviam instalado seu acampamento durante quase três semanas.

Durante a madrugada, a polícia de Hong Kong desmantelou o acampamento, retirando barricadas e barracas sem encontrar resistência.

Este acampamento de Mongkok, que estava praticamente vazio durante a remoção, já foi palco de violentos choques entre manifestantes e populares irritados por quase três semanas de manifestações que paralisaram o bairro.

Mongkok foi o terceiro bairro da lista de remoções, após a retirada das barricadas situadas na ilha principal, em Admiralty, na zona da sede do Executivo, e em Causeway Bay, bairro comercial de Hong Kong.

Na quinta-feira, o chefe do Executivo local, Leung Cheun-ying, abriu a porta para discussões com os estudantes, uma semana após seu governo anular um primeiro diálogo com os manifestantes.

"Nestes últimos dias e, inclusive nesta manhã, comunicamos aos estudantes que gostaríamos de iniciar um diálogo sobre o voto universal o quanto antes, se possível na próxima semana", disse Leung Cheun-ying à imprensa.

O principal grêmio estudantil de Hong Kong recebeu a oferta com prudência: "vamos ver como reagem as pessoas aqui", declarou Lester Shum, subsecretário-geral da Federação de Estudantes de Hong Kong (HKFS).

As autoridades de Hong Kong afirmaram esta semana que iriam investigar as agressões de policiais contra os manifestantes.

Os Estados Unidos também pediram uma "investigação completa", depois que policiais foram filmados agredindo um manifestante.

As imagens da agressão, exibidas pelo canal TVB, parecem ter sido gravadas na terça-feira à noite, durante confrontos entre policiais e ativistas que tinham acabado de erguer barricadas.

No vídeo, seis policiais à paisana arrastam um manifestante algemado para uma parte afastada de um parque na região dos ministérios, no bairro de Admiralty.

O manifestante foi obrigado a ficar no chão. Um oficial aparece agredindo a vítima com socos, enquanto outros três chutam o manifestante. A agressão durou quatro minutos.

A chamada "revolução dos guarda-chuvas" exige, principalmente, o sufrágio universal para a escolha do próximo chefe do Executivo de Hong Kong nas eleições de 2017, algo que o governo central em Pequim, que mantém o controle sobre os candidatos locais, sujeita a condições.

A China aceita o princípio de sufrágio universal para a eleição do chefe do Executivo de Hong Kong em 2017, mas não abre mão de controlar o processo eleitoral e as candidaturas através de um comitê.

Pequim não mudará de opinião, advertiu Leung Cheun-ying. "A política é a arte do possível e devemos distinguir entre o que é possível e o que é impossível".

Acompanhe tudo sobre:DemocraciaHong KongMetrópoles globaisProtestosProtestos no mundo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame