Polícia chinesa mata 28 membros de grupo terrorista
O anúncio vem uma semana após os atentados de Paris e a imprensa oficial chinesa insistiu que a China também é uma "vítima do terrorismo"
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2015 às 14h28.
A polícia chinesa matou 28 membros de um "grupo terrorista " em Xinjiang, uma região predominantemente muçulmana , anunciou nesta sexta-feira a mídia estatal, citando autoridades locais.
O anúncio vem uma semana após os atentados de Paris, sobre os quais a imprensa oficial chinesa noticiou insistindo que a China também é uma "vítima do terrorismo".
O balanço foi relatado após uma "operação de 56 dias" das forças de segurança após os confrontos de setembro, disse o governo regional. Um dos membros do "grupo terrorista" se rendeu, disse o relatório.
A operação teve como objetivo deter o grupo que em 18 de setembro atacou uma mina de carvão na região isolada de Aksu (sudoeste de Xinjiang). Naquele dia, em uma "emboscada", morreram 16 pessoas, incluindo cinco policiais e 11 "pessoas inocentes de diferentes etnias", disse a fonte.
De acordo com a Radio Free Asia (RFA), financiada pelos Estados Unidos, esse incidente matou pelo menos 50 pessoas.
No início da semana, a RFA afirmou, citando fontes locais, que as forças de segurança mataram 17 "suspeitos", incluindo sete mulheres e crianças.
Em Xinjiang, uma enorme região perto da Ásia Central, vivem cerca de 10 milhões uigures, muçulmanos de língua turca, em parte hostis à proteção de Pequim.
Um setor radicalizado é responsável por vários ataques mortais ocorridos nos últimos anos, tanto dentro como fora da região.
Em março de 2014, um comando uigur matou 31 pessoas e feriu mais de 140 numa estação ferroviária Kunming, no sul da China, um massacre perpetrado com facas.
Em outubro de 2013, um atentado na entrada da Cidade Proibida, em Pequim, provocou a morte dos turistas e feriu cerca de quarenta pessoas.
Nos últimos anos a violência aumentou e Pequim atribui esse fenômeno aos "terroristas", ou a grupos "islamistas" e "separatistas".
Em maio da semana passada, a China anunciou que havia desmantelado 181 "grupos terroristas" em Xinjiang desde o início de uma campanha de repressão chamada "Golpear Forte".
A campanha foi lançada em 2014 após um atentado que deixou 39 mortos e centenas de feridos em Urumqi, a capital regional. A campanha levou a centenas de prisões e dezenas de execuções ao término de julgamentos sumários.
Após o atentado de Paris, o presidente Xi Jinping condenou o que chamou de "ato de barbárie". As autoridades e a imprensa insistiram em dizer que assim como a França, a China deve ser considerada como uma "vítima do terrorismo".
"Não podemos admitir nenhum discurso duplo" neste tema, declarou no domingo o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi.
"Por causa de seus preconceitos profundamente enraizados e seu discurso duplo, alguns países ocidentais" se "recusam a reconhecer que a violência e os ataques pelos extremistas em Xinjiang são atos terroristas", insistiu na última terça-feira em entrevista ao jornal oficial em inglês China Daily.
O governo chinês afirma que grupos separatistas baseados no exterior tentam desestabilizar a região de Xinjiang. Esses grupos incluem o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (MITO), antigo nome de Xinjiang.
No entanto, os especialistas e os países ocidentais duvidam do impacto real do MITO e outras organizações estrangeiras. A China ficou chocada com a execução de um refém chinês, Fan Jinghui, por parte do Estado Islâmico (EI).
A organização jihadista disse nesta quarta-feira que tinha executado Fan e outro refém norueguês. Em 10 de setembro, o EI havia anunciado que tinha em seu poder Fan Jinghui, sem revelar quando e onde ele foi sequestrado.
"Esses criminosos devem ser punidos em conformidade com a lei", disse Hong Lei, porta-voz da diplomacia chinesa, que condenou o "ato de selvageria".
A polícia chinesa matou 28 membros de um "grupo terrorista " em Xinjiang, uma região predominantemente muçulmana , anunciou nesta sexta-feira a mídia estatal, citando autoridades locais.
O anúncio vem uma semana após os atentados de Paris, sobre os quais a imprensa oficial chinesa noticiou insistindo que a China também é uma "vítima do terrorismo".
O balanço foi relatado após uma "operação de 56 dias" das forças de segurança após os confrontos de setembro, disse o governo regional. Um dos membros do "grupo terrorista" se rendeu, disse o relatório.
A operação teve como objetivo deter o grupo que em 18 de setembro atacou uma mina de carvão na região isolada de Aksu (sudoeste de Xinjiang). Naquele dia, em uma "emboscada", morreram 16 pessoas, incluindo cinco policiais e 11 "pessoas inocentes de diferentes etnias", disse a fonte.
De acordo com a Radio Free Asia (RFA), financiada pelos Estados Unidos, esse incidente matou pelo menos 50 pessoas.
No início da semana, a RFA afirmou, citando fontes locais, que as forças de segurança mataram 17 "suspeitos", incluindo sete mulheres e crianças.
Em Xinjiang, uma enorme região perto da Ásia Central, vivem cerca de 10 milhões uigures, muçulmanos de língua turca, em parte hostis à proteção de Pequim.
Um setor radicalizado é responsável por vários ataques mortais ocorridos nos últimos anos, tanto dentro como fora da região.
Em março de 2014, um comando uigur matou 31 pessoas e feriu mais de 140 numa estação ferroviária Kunming, no sul da China, um massacre perpetrado com facas.
Em outubro de 2013, um atentado na entrada da Cidade Proibida, em Pequim, provocou a morte dos turistas e feriu cerca de quarenta pessoas.
Nos últimos anos a violência aumentou e Pequim atribui esse fenômeno aos "terroristas", ou a grupos "islamistas" e "separatistas".
Em maio da semana passada, a China anunciou que havia desmantelado 181 "grupos terroristas" em Xinjiang desde o início de uma campanha de repressão chamada "Golpear Forte".
A campanha foi lançada em 2014 após um atentado que deixou 39 mortos e centenas de feridos em Urumqi, a capital regional. A campanha levou a centenas de prisões e dezenas de execuções ao término de julgamentos sumários.
Após o atentado de Paris, o presidente Xi Jinping condenou o que chamou de "ato de barbárie". As autoridades e a imprensa insistiram em dizer que assim como a França, a China deve ser considerada como uma "vítima do terrorismo".
"Não podemos admitir nenhum discurso duplo" neste tema, declarou no domingo o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi.
"Por causa de seus preconceitos profundamente enraizados e seu discurso duplo, alguns países ocidentais" se "recusam a reconhecer que a violência e os ataques pelos extremistas em Xinjiang são atos terroristas", insistiu na última terça-feira em entrevista ao jornal oficial em inglês China Daily.
O governo chinês afirma que grupos separatistas baseados no exterior tentam desestabilizar a região de Xinjiang. Esses grupos incluem o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (MITO), antigo nome de Xinjiang.
No entanto, os especialistas e os países ocidentais duvidam do impacto real do MITO e outras organizações estrangeiras. A China ficou chocada com a execução de um refém chinês, Fan Jinghui, por parte do Estado Islâmico (EI).
A organização jihadista disse nesta quarta-feira que tinha executado Fan e outro refém norueguês. Em 10 de setembro, o EI havia anunciado que tinha em seu poder Fan Jinghui, sem revelar quando e onde ele foi sequestrado.
"Esses criminosos devem ser punidos em conformidade com a lei", disse Hong Lei, porta-voz da diplomacia chinesa, que condenou o "ato de selvageria".