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Piloto escondeu de médicos que estava ativo, diz jornal

Citando fontes próximas à investigação, o jornal Bild disse que Andreas Lubitz, de 27 anos, havia procurado ajuda médica para tentar curar um problema na vista

Casa do copiloto Andreas Lubitz: registros médicos mostraram que Lubitz afirmou que tomava remédios para depressão, ansiedade e ataques de pânico (REUTERS/Ralph Orlowski)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2015 às 14h46.

Berlim - O copiloto da Germanwings suspeito de derrubar deliberadamente um avião nos Alpes franceses teria supostamente mentido para médicos, dizendo que ele estava em período de licenças médica, e não pilotando voos comerciais, publicou o jornal alemão Bild nesta quinta-feira.

A revelação ocorre quando a Alemanha monta um força-tarefa para absorver as lições de segurança tiradas do acidente que matou 150 pessoas na semana passada.

Citando fontes próximas à investigação, o jornal Bild disse que Andreas Lubitz, de 27 anos, havia procurado ajuda médica para tentar curar um problema na vista.

Embora Lubitz tenha falado aos médicos sobre o seu trabalho como piloto, e em alguns casos sobre o seu empregador, a Germanwings, ele de forma deliberada escondeu que estava em atividade, disse o jornal.

Se Lubitz tivesse dito aos médicos que ainda voava, eles poderiam se sentir no dever de quebrar a relação de confidencialidade com o paciente e informar aos empregadores porque ele poderia representar um perigo para outras pessoas.

O jornal Bild afirmou que os documentos disponíveis para os investigadores revelaram que Lubitz dissera ter sido vítima de um acidente de carro no fim de 2014 e reclamara do resultante trauma e problemas de vista.

Os motivos de Lubitz para trancar o capitão do lado de fora da cabine do A320 e aparentemente, de forma deliberada, conduzir o avião em direção a uma montanha, são ainda um mistério.

Registros médicos mostraram que Lubitz afirmou que tomava remédios para depressão, ansiedade e ataques de pânico, afirmou o Bild, acrescentando que esses medicamentos incluíam o tranquilizante Lorazepam.

A Lufthansa, companhia da qual a Germanwings é afiliada, afirmou que Lubitz informou à escola de voo em 2009 que tinha passado por um "episódio prévio de depressão severa". Isso pode afetar os pedidos de indenização à Lufthansa, embora os familiares de vítimas possam no final acabar recebendo, segundo advogados, compensações bastante diferentes.

Um dos temas a ser avaliado por uma nova força-tarefa de especialistas, grupo anunciado pela Alemanha nesta quinta-feira, serão mudanças nos testes médicos e psicológicos feitos por pilotos, segundo o ministro do Transporte e o líder da associação da indústria aérea.

Entre as suas tarefas, para garantir o mais alto padrão de segurança possível, o grupo vai examinar mudanças no mecanismo que permite a porta da cabine ser trancada por dentro, uma medida tomada depois dos ataques de 11 de Setembro nos Estados Unidos.

O presidente da associação da indústria aérea, Klaus-Peter Siegloch, afirmou que os temas devem ser discutidos o mais rápido possível.

"É muito importante que digamos que não queremos esperar até o fim da investigação, que pode tomar um tempo relativamente longo nesses casos de catástrofe aérea", afirmou.

Também há abertura para discutir outros temas que surgiram na investigação francesa, incluindo a identificação de passageiros em voos dentro da zona europeia livre de passaporte.

Alguns ministros disseram que não estava imediatamente claro quem estava no avião devido ao esquema de controle de fronteiras conhecido como Schengen.

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Berlim - O copiloto da Germanwings suspeito de derrubar deliberadamente um avião nos Alpes franceses teria supostamente mentido para médicos, dizendo que ele estava em período de licenças médica, e não pilotando voos comerciais, publicou o jornal alemão Bild nesta quinta-feira.

A revelação ocorre quando a Alemanha monta um força-tarefa para absorver as lições de segurança tiradas do acidente que matou 150 pessoas na semana passada.

Citando fontes próximas à investigação, o jornal Bild disse que Andreas Lubitz, de 27 anos, havia procurado ajuda médica para tentar curar um problema na vista.

Embora Lubitz tenha falado aos médicos sobre o seu trabalho como piloto, e em alguns casos sobre o seu empregador, a Germanwings, ele de forma deliberada escondeu que estava em atividade, disse o jornal.

Se Lubitz tivesse dito aos médicos que ainda voava, eles poderiam se sentir no dever de quebrar a relação de confidencialidade com o paciente e informar aos empregadores porque ele poderia representar um perigo para outras pessoas.

O jornal Bild afirmou que os documentos disponíveis para os investigadores revelaram que Lubitz dissera ter sido vítima de um acidente de carro no fim de 2014 e reclamara do resultante trauma e problemas de vista.

Os motivos de Lubitz para trancar o capitão do lado de fora da cabine do A320 e aparentemente, de forma deliberada, conduzir o avião em direção a uma montanha, são ainda um mistério.

Registros médicos mostraram que Lubitz afirmou que tomava remédios para depressão, ansiedade e ataques de pânico, afirmou o Bild, acrescentando que esses medicamentos incluíam o tranquilizante Lorazepam.

A Lufthansa, companhia da qual a Germanwings é afiliada, afirmou que Lubitz informou à escola de voo em 2009 que tinha passado por um "episódio prévio de depressão severa". Isso pode afetar os pedidos de indenização à Lufthansa, embora os familiares de vítimas possam no final acabar recebendo, segundo advogados, compensações bastante diferentes.

Um dos temas a ser avaliado por uma nova força-tarefa de especialistas, grupo anunciado pela Alemanha nesta quinta-feira, serão mudanças nos testes médicos e psicológicos feitos por pilotos, segundo o ministro do Transporte e o líder da associação da indústria aérea.

Entre as suas tarefas, para garantir o mais alto padrão de segurança possível, o grupo vai examinar mudanças no mecanismo que permite a porta da cabine ser trancada por dentro, uma medida tomada depois dos ataques de 11 de Setembro nos Estados Unidos.

O presidente da associação da indústria aérea, Klaus-Peter Siegloch, afirmou que os temas devem ser discutidos o mais rápido possível.

"É muito importante que digamos que não queremos esperar até o fim da investigação, que pode tomar um tempo relativamente longo nesses casos de catástrofe aérea", afirmou.

Também há abertura para discutir outros temas que surgiram na investigação francesa, incluindo a identificação de passageiros em voos dentro da zona europeia livre de passaporte.

Alguns ministros disseram que não estava imediatamente claro quem estava no avião devido ao esquema de controle de fronteiras conhecido como Schengen.

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