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Petrolífera chinesa é a primeira empresa do mundo a valer US$ 1 trilhão

Valor de mercado da PetroChina foi impulsionado pela oferta pública inicial de ações em Xangai

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A estatal PetroChina é a primeira empresa do mundo a alcançar 1 trilhão de dólares de valor de mercado, de acordo com o site de notícias econômicas CNN.com. A empresa, uma unidade da também estatal China National Petroleum (CNP), é a maior produtora de óleo e gás do país.

Em seu IPO, em Xangai, a PetroChina lançou 4 bilhões de ações e captou 66,8 bilhões de yuans, o equivalente a 8,94 bilhões de dólares. O valor de 1 trilhão de dólares é atingido ao se somar todos os papéis negociados em Xangai (onde a empresa estreou), Hong Kong e Nova York (nos quais já mantém papéis negociados), além dos que ainda estão em poder do governo chinês.

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Na sexta-feira (2/11), a empresa valia 456,6 bilhões de dólares. O cálculo baseia-se no fechamento de 2,31 dólares por papel em Hong Kong - onde ela já é listada, com 21,09 bilhões de ações. Nesta segunda (5/11), primeiro dia de negociação na bolsa de Xangai, porém, o valor das ações subiu 163% e atingiu 5,90 dólares.

Como comparação, a Exxon Mobil, segunda empresa mais valiosa do mundo, é avaliada em 488 bilhões de dólares. Embora tenham apresentado uma forte valorização, triplicando de preço no primeiro dia de operações na bolsa, é improvável que os papéis da PetroChina sejam disponibilizados à maioria dos investidores no curto prazo. Isso porque 85% dos papéis em circulação no mercado pertencem à CNP. Além disso, como outras ações do tipo "A" negociadas no país, as emitidas pela PetroChina em Xangai estão acessíveis apenas a investidores domésticos, e não são, geralmente, disponíveis a aplicadores estrangeiros.

Os 4 bilhões de papéis emitidos em Xangai representam apenas 2,18% do capital total da empresa, composto por 183,02 bilhões de ações. De acordo com a CNN.com, a forte alta das ações já era esperada. Isto porque empresas de elite, como a PetroChina, que já possuem títulos negociados em Hong Kong e Nova York, tendem a subir em sua estréia no mercado doméstico, dado o apetite dos investidores locais.

"O retorno da PetroChina no mercado de ações tipo A é o resultado do rápido crescimento da economia chinesa e da maior demanda energética", afirmou a empresa em nota. "A oferta pública da PetroChina trará energia renovada ao mercado de capitais doméstico, além de providenciar um importante indicador de investimento", completou.

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