Exame Logo

Pentágono classifica ataque a hospital afegão de erro

As Forças Armadas dos Estados Unidos assumiram a responsabilidade por um ataque aéreo mortal a um hospital na cidade afegã de Kunduz

Médico afegão após bombardeio em hospital em Kunduz (REUTERS/Medecins Sans Frontieres/Handout)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 19h03.

Washington - As Forças Armadas dos Estados Unidos assumiram nesta terça-feira a responsabilidade por um ataque aéreo mortal a um hospital na cidade afegã de Kunduz, classificando a ação como um erro, e prometeram apontar responsáveis.

No sábado, um hospital afegão gerenciado pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi atingido por um ataque aéreo que matou 22 pessoas.

Autoridades do MSF pediram uma investigação independente sobre o incidente, que classificaram como um "crime de guerra ".

O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, disse que o Pentágono "lamenta profundamente" a perda de vidas.

"As Forças Armadas dos EUA tomam o maior cuidado em nossas operações para evitar a perda de vidas inocentes, e quando cometemos erros, nós os assumimos. Isso é exatamente o que estamos fazendo agora", afirmou Carter, que está em viagem à Europa, em comunicado.

"Faremos tudo que pudermos para entender este trágico incidente, aprender com ele e responsabilizar as pessoas, se necessário", acrescentou.

Mais cedo, o comandante norte-americano das forças internacionais no Afeganistão, general do Exército John Campbell, afirmou que o ataque aéreo que atingiu o hospital em Kunduz foi um erro cometido dentro da linha de comando dos Estados Unidos.

Os comentários de Carter e Campbell foram o reconhecimento mais direto já feito pelo governo dos EUA de que o ataque ao hospital foi realizado por forças norte-americanas.

Em um comunicado na segunda-feira, Campbell disse apenas que as forças dos EUA tinham respondido a um pedido de apoio das forças afegãs.

Em testemunho no Comitê de Serviços Armados do Senado, Campbell também deixou claro que defende uma reavaliação de um plano para retirar quase todas as tropas norte-americanas até o final do próximo ano.

Ele disse que ameaças crescentes no Afeganistão vindas do Estado Islâmico e da al Qaeda estavam entre os fatores colocados em suas recomendações à Casa Branca sobre o nível futuro de tropas.

Campbell disse que as forças norte-americanas responderam a um pedido do Afeganistão e providenciaram suporte aéreo para as forças afegãs que estavam em conflito com militantes do Taliban em Kunduz, capital da província que foi capturada no mês passado pelo Taliban.

"Para ser claro, a decisão de fornecer fogo aéreo foi uma decisão norte-americana tomada dentro da cadeia de comando norte-americana", disse Campbell.

Ele acrescentou que forças especiais dos EUA nas proximidades estavam se comunicando com a aeronave que fez os disparos.

"Um hospital foi atingido por engano. Nunca iríamos atingir intencionalmente um local médico protegido." O presidente norte-americano, Barack Obama, espera que medidas sejam tomadas para evitar que tal incidente se repita, afirmou o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest nesta terça-feira.

Campbell disse que direcionou forças sob seu comando para iniciar um treinamento para revisar autoridades operacionais e regras para prevenir incidentes futuros como o de Kunduz.

Veja também

Washington - As Forças Armadas dos Estados Unidos assumiram nesta terça-feira a responsabilidade por um ataque aéreo mortal a um hospital na cidade afegã de Kunduz, classificando a ação como um erro, e prometeram apontar responsáveis.

No sábado, um hospital afegão gerenciado pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi atingido por um ataque aéreo que matou 22 pessoas.

Autoridades do MSF pediram uma investigação independente sobre o incidente, que classificaram como um "crime de guerra ".

O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, disse que o Pentágono "lamenta profundamente" a perda de vidas.

"As Forças Armadas dos EUA tomam o maior cuidado em nossas operações para evitar a perda de vidas inocentes, e quando cometemos erros, nós os assumimos. Isso é exatamente o que estamos fazendo agora", afirmou Carter, que está em viagem à Europa, em comunicado.

"Faremos tudo que pudermos para entender este trágico incidente, aprender com ele e responsabilizar as pessoas, se necessário", acrescentou.

Mais cedo, o comandante norte-americano das forças internacionais no Afeganistão, general do Exército John Campbell, afirmou que o ataque aéreo que atingiu o hospital em Kunduz foi um erro cometido dentro da linha de comando dos Estados Unidos.

Os comentários de Carter e Campbell foram o reconhecimento mais direto já feito pelo governo dos EUA de que o ataque ao hospital foi realizado por forças norte-americanas.

Em um comunicado na segunda-feira, Campbell disse apenas que as forças dos EUA tinham respondido a um pedido de apoio das forças afegãs.

Em testemunho no Comitê de Serviços Armados do Senado, Campbell também deixou claro que defende uma reavaliação de um plano para retirar quase todas as tropas norte-americanas até o final do próximo ano.

Ele disse que ameaças crescentes no Afeganistão vindas do Estado Islâmico e da al Qaeda estavam entre os fatores colocados em suas recomendações à Casa Branca sobre o nível futuro de tropas.

Campbell disse que as forças norte-americanas responderam a um pedido do Afeganistão e providenciaram suporte aéreo para as forças afegãs que estavam em conflito com militantes do Taliban em Kunduz, capital da província que foi capturada no mês passado pelo Taliban.

"Para ser claro, a decisão de fornecer fogo aéreo foi uma decisão norte-americana tomada dentro da cadeia de comando norte-americana", disse Campbell.

Ele acrescentou que forças especiais dos EUA nas proximidades estavam se comunicando com a aeronave que fez os disparos.

"Um hospital foi atingido por engano. Nunca iríamos atingir intencionalmente um local médico protegido." O presidente norte-americano, Barack Obama, espera que medidas sejam tomadas para evitar que tal incidente se repita, afirmou o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest nesta terça-feira.

Campbell disse que direcionou forças sob seu comando para iniciar um treinamento para revisar autoridades operacionais e regras para prevenir incidentes futuros como o de Kunduz.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaEstados Unidos (EUA)MortesPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame