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Pentágono acha que Coreia do Norte pode lançar míssil

Espionagem do Pentágono concluiu com "moderada confiança" que a Coreia do Norte tem capacidade para lançar mísseis balísticos equipados com bombas atômicas

Coreia do Norte: Pentágono avaliou que o país atualmente tem armas nucleares capazes de liberação por mísseis balísticos, no entanto "a confiabilidade será baixa". (REUTERS/Kim Hong-Ji)

Coreia do Norte: Pentágono avaliou que o país atualmente tem armas nucleares capazes de liberação por mísseis balísticos, no entanto "a confiabilidade será baixa". (REUTERS/Kim Hong-Ji)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 06h26.

Washington - Uma agência de espionagem do Pentágono concluiu com "moderada confiança" que a Coreia do Norte tem capacidade para lançar mísseis balísticos equipados com bombas atômicas, mas que essas armas provavelmente não seriam confiáveis, disseram autoridades na quinta-feira.

Um estudo da Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês), datado do mês passado, parece representar a primeira vez em que a agência de espionagem do Pentágono chegou a essa conclusão, ilustrando a dramaticidade que cerca a escalada das tensões na península coreana.

A conclusão dessa avaliação foi tornada pública pelo deputado Doug Lamborn ao questionar altos funcionários do Pentágono a respeito do programa norte-coreano de armas nucleares, durante audiência na Comissão de Serviços Armados da Câmara.

"A DIA avalia com moderada confiança que (a Coreia do) Norte atualmente tem armas nucleares capazes de liberação por mísseis balísticos, no entanto a confiabilidade será baixa", disse Lamborn, citando um relatório da DIA sobre o assunto.

Uma fonte oficial disse mais tarde que a citação feita por Lamborn constava em um trecho do estudo que havia sido erroneamente colocado sob sigilo. O funcionário disse que Lamborn não fez nada de errado ao divulgar a declaração, mas afirmou que não faria comentários adicionais.

Nos seus comentários, Lamborn não disse qual seria o possível alcance dos mísseis nucleares balísticos norte-coreanos.

Questionado sobre se concordava com a avaliação, o general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, disse que não comentaria por não ter lido o relatório.

O porta-voz do Pentágono, George Little, afirmou que "seria incorreto sugerir que o regime norte-coreano testou, desenvolveu e demonstrou totalmente os tipos de capacidades nucleares destacados na citação".

Especialistas dentro e fora do governo discordam a respeito de até que ponto a Coreia do Norte conseguiu desenvolver e fabricar um dispositivo nuclear que seja suficientemente pequeno para o uso em uma ogiva de míssil.


Alguns acreditam que os norte-coreanos conseguiriam produzir um artefato que coubesse em mísseis antiquados, de alcance intermediário. Outros especialistas duvidam disso.

Seja como for, há dentro do governo dos Estados Unidos o consenso de que a Coreia do Norte não possui por enquanto uma bomba atômica que pudesse caber em mísseis de mais longo alcance, eventualmente capazes de atingir territórios norte-americanos.

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