Parlamento Europeu quer início de Brexit na terça
"Esta atitude de dúvida, simplesmente para seguir o jogo tático dos conservadores britânicos, prejudica a todos", disse presidente do Parlamento Europeu
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2016 às 11h41.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, pediu ao primeiro-ministro britânico David Cameron que inicie o processo de saída da União Europeia (UE) na terça-feira, dia de uma reunião de cúpula do bloco.
Em uma entrevista ao jornal alemão Bild, Schulz afirmou que um período confuso "levaria a mais insegurança, colocando os empregos em perigo".
"Esta atitude de dúvida, simplesmente para seguir o jogo tático dos conservadores britânicos, prejudica a todos", completou.
"Por isto contamos com o governo britânico para cumprir suas promessas a partir de agora e a reunião de cúpula de terça-feira será um bom momento".
As quatro bancadas mais importantes do Parlamento Europeu também redigiram uma resolução que convida Cameron a iniciar o Brexit na terça-feira, informa o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.
"É imperativo evitar uma incerteza prejudicial para todos e preservar a unidade da União", afirma o texto dos parlamentares.
"Não se poderá aprovar nenhuma nova relação, do tipo que for, entre o Reino Unido e a UE enquanto o acordo de saída não estiver concluído", completa.
Na sexta-feira, após o choque do resultado do referendo, que definiu a saída do Reino Unido da UE, Cameron anunciou sua renúncia para o mês de outubro, deixando para o sucessor o papel de negociar o Brexit com os outros países membros.
Como estipula o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que nunca foi utilizado até hoje, para concretizar a saída, o Reino Unido deve notificar o Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado e de Governo, sobre a intenção de abandonar a UE.
A partir deste momento, o Estado que deseja abandonar o bloco e os membros da UE têm dois anos para negociar a saída.
Os chefes de Estado e de Governo da UE devem se reunir na terça-feira e quarta-feira para discutir o referendo britânico. O Parlamento Europeu se reunirá na terça-feira em sessão extraordinária.
Os ministros das Relações Exteriores dos seis países fundadores da UE (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo) pressionaram no sábado o governo britânico a iniciar o processo de saída "o mais rápido possível".
Mas a chanceler alemã Angela Merkel se mostrou um pouco mais flexível ao afirmar que corresponde ao Reino Unido decidir quando iniciar a fase de saída, mas sem "eternizar-se".
"Não temos nenhuma razão para ser desagradáveis nas negociações. Devemos seguir as regras do jogo", declarou no sábado.
O chefe de gabinete de Merkel, Peter Altmaier, disse que a "petição (de saída) será apresenta dentro de algumas semanas, inclusive dentro de alguns meses, certamente com a chegada de um novo governo".
Ele disse que o novo governo britânico deve primeiro se organizar para depois apresentar o pedido.
"Deveríamos esperar com tranquilidade", afirmou.
O secretário de Estado americano John Kerry viajará na segunda-feira a Bruxelas e depois a Londres para conversar sobre o Brexit.
Washington não escondeu a decepção com a vitória do Brexit. O governo dos Estados Unidos teme especialmente as consequências sobre os mercados financeiros.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, pediu ao primeiro-ministro britânico David Cameron que inicie o processo de saída da União Europeia (UE) na terça-feira, dia de uma reunião de cúpula do bloco.
Em uma entrevista ao jornal alemão Bild, Schulz afirmou que um período confuso "levaria a mais insegurança, colocando os empregos em perigo".
"Esta atitude de dúvida, simplesmente para seguir o jogo tático dos conservadores britânicos, prejudica a todos", completou.
"Por isto contamos com o governo britânico para cumprir suas promessas a partir de agora e a reunião de cúpula de terça-feira será um bom momento".
As quatro bancadas mais importantes do Parlamento Europeu também redigiram uma resolução que convida Cameron a iniciar o Brexit na terça-feira, informa o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.
"É imperativo evitar uma incerteza prejudicial para todos e preservar a unidade da União", afirma o texto dos parlamentares.
"Não se poderá aprovar nenhuma nova relação, do tipo que for, entre o Reino Unido e a UE enquanto o acordo de saída não estiver concluído", completa.
Na sexta-feira, após o choque do resultado do referendo, que definiu a saída do Reino Unido da UE, Cameron anunciou sua renúncia para o mês de outubro, deixando para o sucessor o papel de negociar o Brexit com os outros países membros.
Como estipula o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que nunca foi utilizado até hoje, para concretizar a saída, o Reino Unido deve notificar o Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado e de Governo, sobre a intenção de abandonar a UE.
A partir deste momento, o Estado que deseja abandonar o bloco e os membros da UE têm dois anos para negociar a saída.
Os chefes de Estado e de Governo da UE devem se reunir na terça-feira e quarta-feira para discutir o referendo britânico. O Parlamento Europeu se reunirá na terça-feira em sessão extraordinária.
Os ministros das Relações Exteriores dos seis países fundadores da UE (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo) pressionaram no sábado o governo britânico a iniciar o processo de saída "o mais rápido possível".
Mas a chanceler alemã Angela Merkel se mostrou um pouco mais flexível ao afirmar que corresponde ao Reino Unido decidir quando iniciar a fase de saída, mas sem "eternizar-se".
"Não temos nenhuma razão para ser desagradáveis nas negociações. Devemos seguir as regras do jogo", declarou no sábado.
O chefe de gabinete de Merkel, Peter Altmaier, disse que a "petição (de saída) será apresenta dentro de algumas semanas, inclusive dentro de alguns meses, certamente com a chegada de um novo governo".
Ele disse que o novo governo britânico deve primeiro se organizar para depois apresentar o pedido.
"Deveríamos esperar com tranquilidade", afirmou.
O secretário de Estado americano John Kerry viajará na segunda-feira a Bruxelas e depois a Londres para conversar sobre o Brexit.
Washington não escondeu a decepção com a vitória do Brexit. O governo dos Estados Unidos teme especialmente as consequências sobre os mercados financeiros.