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Papa encontra órfãos de migrantes afogados no Mediterrâneo

As crianças migrantes e jovens italianos se apresentaram para Francisco com desenhos mostrando os perigos do mar e deixaram dezenas de balões brancos no Vaticano

Francisco: "eu não quero fazer mal a vocês, mas vocês são valentes e sabem a verdade. Muitas crianças estão em perigo" (REUTERS/Gregorio Borgia/Pool)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2016 às 15h52.

São Paulo - O papa Francisco se reuniu neste sábado com crianças migrantes , cujos pais morreram durante a travessia de barco para a Europa no final de uma semana trágica no Mediterrâneo.

"Quero pedir ao Papa para que reze por minha família, que agora está no céu, e por meus amigos, que morreram na água e que também estão no céu", pediu Siander, um adolescente nigeriano.

As crianças migrantes e jovens italianos se apresentaram para Francisco com desenhos mostrando os perigos do mar e deixaram dezenas de balões brancos no Vaticano.

O pontífice, de 79 anos, mostrou às crianças um colete salva-vidas que, segundo ele, foi dado a ele por um membro das equipes de resgate e que pertencia a uma garota que havia se afogado no mar.

"Ele me trouxe este colete salva-vidas e me disse chorando: 'Pai, eu falhei. Havia uma menina nas ondas, mas eu não pude salvá-la. Tudo o que resta é seu salva-vidas'".

"Eu não quero fazer mal a vocês, mas vocês são valentes e sabem a verdade. Estão em perigo: muitas crianças estão em perigo", disse o papa aos menores, sentadas no chão ao seu redor.

"Pensem nessa menina. Como se chamava? Eu não sei... é uma menina sem nome. Cada um de vocês deve dar a ela o nome que preferirem. Agora ela está no céu e cuidará de nós", acrescentou.

Cerca de 12.000 pessoas foram resgatadas no mar ante a costa da Líbia esta semana, e só na sexta-feira quinze barcos foram socorridos.

Foram registrados três naufrágios de imigrantes em três dias, um deles filmado ao vivo, que deixou pelo menos 70 mortos e dezenas de desaparecidos, de acordo com as autoridades italianas, em meio a uma onda de tentativas de partidas da Líbia.

O fluxo de migrantes para a Europa da Grécia diminuiu após o fechamento da chamada rota dos Bálcãs, mas cerca de 40.000 imigrantes chegaram à costa italiana este ano e acredita-se que dezenas ou mesmo centenas de milhares de pessoas estejam se preparando para partir da costa da Líbia.

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São Paulo - O papa Francisco se reuniu neste sábado com crianças migrantes , cujos pais morreram durante a travessia de barco para a Europa no final de uma semana trágica no Mediterrâneo.

"Quero pedir ao Papa para que reze por minha família, que agora está no céu, e por meus amigos, que morreram na água e que também estão no céu", pediu Siander, um adolescente nigeriano.

As crianças migrantes e jovens italianos se apresentaram para Francisco com desenhos mostrando os perigos do mar e deixaram dezenas de balões brancos no Vaticano.

O pontífice, de 79 anos, mostrou às crianças um colete salva-vidas que, segundo ele, foi dado a ele por um membro das equipes de resgate e que pertencia a uma garota que havia se afogado no mar.

"Ele me trouxe este colete salva-vidas e me disse chorando: 'Pai, eu falhei. Havia uma menina nas ondas, mas eu não pude salvá-la. Tudo o que resta é seu salva-vidas'".

"Eu não quero fazer mal a vocês, mas vocês são valentes e sabem a verdade. Estão em perigo: muitas crianças estão em perigo", disse o papa aos menores, sentadas no chão ao seu redor.

"Pensem nessa menina. Como se chamava? Eu não sei... é uma menina sem nome. Cada um de vocês deve dar a ela o nome que preferirem. Agora ela está no céu e cuidará de nós", acrescentou.

Cerca de 12.000 pessoas foram resgatadas no mar ante a costa da Líbia esta semana, e só na sexta-feira quinze barcos foram socorridos.

Foram registrados três naufrágios de imigrantes em três dias, um deles filmado ao vivo, que deixou pelo menos 70 mortos e dezenas de desaparecidos, de acordo com as autoridades italianas, em meio a uma onda de tentativas de partidas da Líbia.

O fluxo de migrantes para a Europa da Grécia diminuiu após o fechamento da chamada rota dos Bálcãs, mas cerca de 40.000 imigrantes chegaram à costa italiana este ano e acredita-se que dezenas ou mesmo centenas de milhares de pessoas estejam se preparando para partir da costa da Líbia.

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