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Palestinos pedem reconciliação de Fatah e Hamas

Os participantes da manifestação levavam bandeiras palestinas e cartazes que pediam a unidade entre os dois movimentos

O caminho à reconciliação pareceu abrir-se em maio do ano passado com a assinatura no Cairo de um documento (Oficina Prensa Hamas/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 17h16.

Jerusalém - Centenas de palestinos pediram nesta quinta-feira em Nablus, no norte da Cisjordânia, que as duas principais facções políticas do país, Fatah e Hamas, ponham fim a anos de divisão, no primeiro ato de uma campanha em prol da reconciliação interna palestina.

Os participantes levavam bandeiras palestinas e cartazes que pediam a unidade entre os dois movimentos, enfrentados desde junho de 2007 (quando o Hamas tomou o controle de Gaza) e que negociam sua reconciliação sem sucesso há anos, informou a agência oficial palestina 'Wafa'.

Convocada sob o lema 'O povo quer o fim da divisão', a manifestação representa o início de uma ampla campanha para pressionar as lideranças de Hamas e Fatah a colocarem um ponto final na divisão, que deixou dois governos palestinos separados geográfica e ideologicamente: um do Hamas em Gaza e outro, comandado pelo Fatah, na Cisjordânia.

'O projeto palestino está em risco pela divisão entre Gaza e Cisjordânia', declarou Abbas Zaki, membro do Comitê Central do Fatah e um dos participantes.

Também respondeu à convocação Nasser Edín Sha'er, um dos líderes do Hamas na Cisjordânia, que lembrou que a maioria dos palestinos deseja a reconciliação.


Um dos principais artífices do diálogo entre ambos grupos, o empresário palestino Munib Al Masri, lamentou na manifestação que o islamita Hamas e o nacionalista Fatah sigam enfrentados, em vez de lutar juntos contra a ocupação israelense.

O caminho à reconciliação pareceu abrir-se em maio do ano passado com a assinatura no Cairo de um documento.

O pacto ficou pendente de aplicação durante meses, principalmente por diferenças sobre a figura do futuro primeiro- ministro e pelo pedido de entrada da Palestina como Estado na ONU.

Em fevereiro, o líder do Hamas, Khaled Meshaal, e o presidente palestino e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, concordaram em Doha que, além da presidência, Abbas assumisse a chefia do governo tecnocrata interino que preparará as eleições.

O acordo foi visto como um grande passo que desbloqueava um dos pontos mais sensíveis, mas poucos dias depois recebeu um balde de água fria quando, em uma insólita demonstração pública de divergências internas, a liderança do Hamas em Gaza o criticou.

Desde então quase não avançaram os esforços de reconciliação e já é certo que as eleições legislativas e presidenciais palestinas, previstas para o próximo dia 4 de maio, não acontecerão nessa data.

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Jerusalém - Centenas de palestinos pediram nesta quinta-feira em Nablus, no norte da Cisjordânia, que as duas principais facções políticas do país, Fatah e Hamas, ponham fim a anos de divisão, no primeiro ato de uma campanha em prol da reconciliação interna palestina.

Os participantes levavam bandeiras palestinas e cartazes que pediam a unidade entre os dois movimentos, enfrentados desde junho de 2007 (quando o Hamas tomou o controle de Gaza) e que negociam sua reconciliação sem sucesso há anos, informou a agência oficial palestina 'Wafa'.

Convocada sob o lema 'O povo quer o fim da divisão', a manifestação representa o início de uma ampla campanha para pressionar as lideranças de Hamas e Fatah a colocarem um ponto final na divisão, que deixou dois governos palestinos separados geográfica e ideologicamente: um do Hamas em Gaza e outro, comandado pelo Fatah, na Cisjordânia.

'O projeto palestino está em risco pela divisão entre Gaza e Cisjordânia', declarou Abbas Zaki, membro do Comitê Central do Fatah e um dos participantes.

Também respondeu à convocação Nasser Edín Sha'er, um dos líderes do Hamas na Cisjordânia, que lembrou que a maioria dos palestinos deseja a reconciliação.


Um dos principais artífices do diálogo entre ambos grupos, o empresário palestino Munib Al Masri, lamentou na manifestação que o islamita Hamas e o nacionalista Fatah sigam enfrentados, em vez de lutar juntos contra a ocupação israelense.

O caminho à reconciliação pareceu abrir-se em maio do ano passado com a assinatura no Cairo de um documento.

O pacto ficou pendente de aplicação durante meses, principalmente por diferenças sobre a figura do futuro primeiro- ministro e pelo pedido de entrada da Palestina como Estado na ONU.

Em fevereiro, o líder do Hamas, Khaled Meshaal, e o presidente palestino e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, concordaram em Doha que, além da presidência, Abbas assumisse a chefia do governo tecnocrata interino que preparará as eleições.

O acordo foi visto como um grande passo que desbloqueava um dos pontos mais sensíveis, mas poucos dias depois recebeu um balde de água fria quando, em uma insólita demonstração pública de divergências internas, a liderança do Hamas em Gaza o criticou.

Desde então quase não avançaram os esforços de reconciliação e já é certo que as eleições legislativas e presidenciais palestinas, previstas para o próximo dia 4 de maio, não acontecerão nessa data.

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