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Palestinos pedirão reconhecimento da ONU até novembro

A resolução defenderá que a Assembleia reconheça como Estado as fronteiras anteriores a 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital

Mahmud Abbas já havia apresentado um histórico pedido para que a ONU admitisse o Estado da Palestina como membro pleno (Spencer Platt/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 16h14.

Ramala - Os palestinos pedirão à Assembleia Geral da ONU que vote uma resolução para seu reconhecimento como Estado Observador no próximo dia 29 de novembro, anunciou nesta segunda-feira Mohammed Shtayeh, membro do Comitê Central do Fatah.

Segundo Shtayeh, que também é um enviado especial para o pedido palestino nas Nações Unidas, os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe decidirão na terça-feira, no Cairo, a data exata para apresentar a minuta de resolução, que será anunciada pelo secretário-geral da organização pan-árabe, Nabil al Araby.

Em entrevista coletiva em Ramala, o dirigente palestino resaltou que, "apesar das múltiplas pressões" que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, recebeu para não apresentar sua iniciativa na votação na Assembleia Geral, sua decisão é "firme" porque se trata de um passo "muito importante".

O dirigente explicou que a resolução defenderá que a Assembleia reconheça como Estado as fronteiras anteriores a 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital, embora tenha deixado em aberto a possibilidade de negociar, posteriormente, o lugar exato dos limites territoriais.

"Desta maneira, foram criados termos de referência para as negociações", disse, ressaltando que os palestinos "querem o mesmo que Israel", que se estabeleceu como Estado mediante a uma resolução da ONU.

Shtaye anunciou que Barack Obama ligou para Abbas no domingo. "Não foi uma ligação hostil, foi usada uma linguagem positiva, não foi de modo algum uma ameaça", ressaltou após lembrar que a proposta palestina foi atrasada, entre outros fatores, pela realização das eleições americanas em 6 de novembro.


"Os palestinos estão há meses propondo esta iniciativa e se, seguirmos assim, ficaremos nesta situação para sempre", disse.

Shtaye acredita que Obama se envolverá mais na questão palestina e esperou que não congele a ajuda americana - como foi pedido no congresso do país - já que esse pedido se refere ao reconhecimento como Estado membro e não ao reconhecimento como Estado Observador.

Além disso, Shtaye destacou que esse reconhecimento permitirá que os palestinos entrem no sistema e sejam membros da ONU.

Com relação ao resultado da votação, o líder disse que os palestinos esperam conseguir uma "contundente maioria" a favor de sua proposta, embora tenha reconhecido que entre os países europeus "não há nenhum consenso" neste sentido.

Em setembro de 2011, a reivindicação da Palestina para que a ONU a reconhecesse como Estado membro de plenário direto foi bloqueada pelo Conselho de Segurança devido à oposição dos Estados Unidos, por isso que neste ano buscam que a Assembleia os reconheça como Estado Observador.

Estados Unidos e Israel consideram unilaterais este tipo de iniciativas na busca de reconhecimento internacional e sustentam que só através de um processo negociador, os palestinos poderão estabelecer um Estado próprio.

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Ramala - Os palestinos pedirão à Assembleia Geral da ONU que vote uma resolução para seu reconhecimento como Estado Observador no próximo dia 29 de novembro, anunciou nesta segunda-feira Mohammed Shtayeh, membro do Comitê Central do Fatah.

Segundo Shtayeh, que também é um enviado especial para o pedido palestino nas Nações Unidas, os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe decidirão na terça-feira, no Cairo, a data exata para apresentar a minuta de resolução, que será anunciada pelo secretário-geral da organização pan-árabe, Nabil al Araby.

Em entrevista coletiva em Ramala, o dirigente palestino resaltou que, "apesar das múltiplas pressões" que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, recebeu para não apresentar sua iniciativa na votação na Assembleia Geral, sua decisão é "firme" porque se trata de um passo "muito importante".

O dirigente explicou que a resolução defenderá que a Assembleia reconheça como Estado as fronteiras anteriores a 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital, embora tenha deixado em aberto a possibilidade de negociar, posteriormente, o lugar exato dos limites territoriais.

"Desta maneira, foram criados termos de referência para as negociações", disse, ressaltando que os palestinos "querem o mesmo que Israel", que se estabeleceu como Estado mediante a uma resolução da ONU.

Shtaye anunciou que Barack Obama ligou para Abbas no domingo. "Não foi uma ligação hostil, foi usada uma linguagem positiva, não foi de modo algum uma ameaça", ressaltou após lembrar que a proposta palestina foi atrasada, entre outros fatores, pela realização das eleições americanas em 6 de novembro.


"Os palestinos estão há meses propondo esta iniciativa e se, seguirmos assim, ficaremos nesta situação para sempre", disse.

Shtaye acredita que Obama se envolverá mais na questão palestina e esperou que não congele a ajuda americana - como foi pedido no congresso do país - já que esse pedido se refere ao reconhecimento como Estado membro e não ao reconhecimento como Estado Observador.

Além disso, Shtaye destacou que esse reconhecimento permitirá que os palestinos entrem no sistema e sejam membros da ONU.

Com relação ao resultado da votação, o líder disse que os palestinos esperam conseguir uma "contundente maioria" a favor de sua proposta, embora tenha reconhecido que entre os países europeus "não há nenhum consenso" neste sentido.

Em setembro de 2011, a reivindicação da Palestina para que a ONU a reconhecesse como Estado membro de plenário direto foi bloqueada pelo Conselho de Segurança devido à oposição dos Estados Unidos, por isso que neste ano buscam que a Assembleia os reconheça como Estado Observador.

Estados Unidos e Israel consideram unilaterais este tipo de iniciativas na busca de reconhecimento internacional e sustentam que só através de um processo negociador, os palestinos poderão estabelecer um Estado próprio.

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