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Países e Irã continuarão diálogo nuclear após fim de prazo

O Irã e as potências vão continuar a negociar após o fim do prazo para a obtenção de um acordo nuclear de longo prazo

Central nuclear de Bushehr, no sul do Irã (Atta Kenare/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 16h35.

Viena - O Irã e seis grandes potências irão continuar a negociar após o vencimento do prazo desta terça-feira para a obtenção de um acordo nuclear de longo prazo, enquanto tratam dos temas mais controversos, incluindo a manutenção de um embargo de armas da Organização das Nações Unidas ( ONU ), declararam os países.

"Iremos continuar a negociar durante os próximos dias", declarou a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, do lado de fora do hotel onde acontecem as conversas entre Irã, Estados Unidos, China, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha.

A porta-voz da delegação norte-americana, Marie Harf, afirmou que os termos de um pacto provisório entre o Irã e o chamado P5+1 serão prorrogados até sexta-feira para que os negociadores tenham mais alguns dias para concluir seu trabalho.

"Francamente, estamos mais preocupados com a qualidade do acordo do que com o relógio, embora também saibamos que as decisões difíceis não ficarão nem um pouco mais fáceis com o tempo", disse Marie. "É por isso que estamos continuando a negociar." Os EUA e seus aliados temem que o Irã esteja usando seu programa nuclear civil para acobertar o desenvolvimento de armas atômicas. A República Islâmica sustenta que seu programa é pacífico.

Um acordo seria o marco mais importante em décadas para apaziguar as hostilidades entre EUA e Irã, inimigos desde que revolucionários iranianos fizeram 52 reféns na embaixada norte-americana em Teerã em 1979.

O acerto também seria uma conquista marcante para o presidente dos EUA, Barack Obama, e para seu pragmático colega iraniano, Hassan Rouhani, mas os dois líderes enfrentam o ceticismo de opositores linha-dura em casa.

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse haver "todas as razões" para se acreditar que um acordo será obtido dentro de "poucos dias" e que existe o "entendimento" de que a maioria das sanções atuais contra o Irã serão suspensas.

"Só há um grande problema em termos de sanções – é o problema do embargo de armas", declarou ele a jornalistas, de acordo com a agência russa de notícias Interfax.

Ele disse que é importante chegar a um acordo sobre isso o mais rápido possível, acrescentando que "suspender as proibições de fornecimento de armas necessárias para combater o terrorismo ao Irã é um objetivo muito, muito relevante".

É a quarta vez que as partes ampliam o prazo do acordo provisório, que foi firmado em novembro de 2013 e concedeu um alívio limitado das sanções ao Irã em troca da interrupção da produção de urânio enriquecido a um nível de pureza de 20 por cento.

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Viena - O Irã e seis grandes potências irão continuar a negociar após o vencimento do prazo desta terça-feira para a obtenção de um acordo nuclear de longo prazo, enquanto tratam dos temas mais controversos, incluindo a manutenção de um embargo de armas da Organização das Nações Unidas ( ONU ), declararam os países.

"Iremos continuar a negociar durante os próximos dias", declarou a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, do lado de fora do hotel onde acontecem as conversas entre Irã, Estados Unidos, China, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha.

A porta-voz da delegação norte-americana, Marie Harf, afirmou que os termos de um pacto provisório entre o Irã e o chamado P5+1 serão prorrogados até sexta-feira para que os negociadores tenham mais alguns dias para concluir seu trabalho.

"Francamente, estamos mais preocupados com a qualidade do acordo do que com o relógio, embora também saibamos que as decisões difíceis não ficarão nem um pouco mais fáceis com o tempo", disse Marie. "É por isso que estamos continuando a negociar." Os EUA e seus aliados temem que o Irã esteja usando seu programa nuclear civil para acobertar o desenvolvimento de armas atômicas. A República Islâmica sustenta que seu programa é pacífico.

Um acordo seria o marco mais importante em décadas para apaziguar as hostilidades entre EUA e Irã, inimigos desde que revolucionários iranianos fizeram 52 reféns na embaixada norte-americana em Teerã em 1979.

O acerto também seria uma conquista marcante para o presidente dos EUA, Barack Obama, e para seu pragmático colega iraniano, Hassan Rouhani, mas os dois líderes enfrentam o ceticismo de opositores linha-dura em casa.

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse haver "todas as razões" para se acreditar que um acordo será obtido dentro de "poucos dias" e que existe o "entendimento" de que a maioria das sanções atuais contra o Irã serão suspensas.

"Só há um grande problema em termos de sanções – é o problema do embargo de armas", declarou ele a jornalistas, de acordo com a agência russa de notícias Interfax.

Ele disse que é importante chegar a um acordo sobre isso o mais rápido possível, acrescentando que "suspender as proibições de fornecimento de armas necessárias para combater o terrorismo ao Irã é um objetivo muito, muito relevante".

É a quarta vez que as partes ampliam o prazo do acordo provisório, que foi firmado em novembro de 2013 e concedeu um alívio limitado das sanções ao Irã em troca da interrupção da produção de urânio enriquecido a um nível de pureza de 20 por cento.

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