Países chegam a acordo global para reduzir uso de gases HFC
O acordo limita e reduz o uso de HFCs em um processo gradual que começa em 2019 com países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2016 às 12h01.
KIGALI, Ruanda - Quase 200 países chegaram a um acordo, anunciado neste sábado após negociações que se prolongaram por toda a noite, para limitar o uso de gases de efeito estufa que são muito mais potentes do que o dióxido de carbono. As negociações sobre hidrofluorcarbonetos, ou HFCs, são o primeiro teste da boa vontade global para reduzir emissões desde o Acordo de Paris, assinado no ano passado.
HFCs, usados em aparelhos de ar condicionado e refrigeradores, são descritos como o poluente cujo uso vem crescendo mais rapidamente no mundo. De acordo com especialistas, reduzir o seu uso é o meio mais rápido para diminuir o aquecimento global .
Diferentemente do acordo mais amplo de Paris, este é legalmente obrigatório. Ele limita e reduz o uso de HFCs em um processo gradual que começa em 2019 com países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos. Mais de 100 países em desenvolvimento, como a China, o maior poluidor mundial, começam a adotar medidas em 2024, quando o consumo de HFCs deve atingir seu pico.
Um pequeno grupo de países que inclui Índia, Paquistão e alguns Estados do Golfo Pérsico pressionaram e conseguiram adiar o início das ações para 2028, alegando que suas economias precisam de mais tempo para crescer.
"Foi um momento histórico, e estamos felizes de termos chegado a esse ponto em que podemos ter um consenso sobre a maioria das questões colocadas na mesa", disse o principal delegado da Índia, Ajay Narayan Jha.
Grupos ambientalistas esperavam que o acordo pudesse reduzir o aquecimento global em meio grau Celsius até o fim deste século. Este acordo representa cerca de 90% do caminho até lá, disse Durwood Zaelke, presidente do Instituto para Governança e Desenvolvimento Sustentável. Segundo Zaelke, esta é a "maior redução de temperatura já alcançada por um único acordo".
Corresponde a "interromper por mais de dois anos toda a emissão de dióxido de carbono de combustíveis fósseis no mundo", disse em comunicado David Doniger, diretor do programa de clima e ar limpo no Conselho de Defesa de Recursos Naturais.
HFCs foram introduzidos nos anos 1980s como um substituto de gases que destroem a camada de ozônio. Mas os riscos aumentaram com o crescimento das vendas de aparelhos de ar condicionado e refrigeradores em países emergentes como China e Índia. Fonte: Associated Press.
KIGALI, Ruanda - Quase 200 países chegaram a um acordo, anunciado neste sábado após negociações que se prolongaram por toda a noite, para limitar o uso de gases de efeito estufa que são muito mais potentes do que o dióxido de carbono. As negociações sobre hidrofluorcarbonetos, ou HFCs, são o primeiro teste da boa vontade global para reduzir emissões desde o Acordo de Paris, assinado no ano passado.
HFCs, usados em aparelhos de ar condicionado e refrigeradores, são descritos como o poluente cujo uso vem crescendo mais rapidamente no mundo. De acordo com especialistas, reduzir o seu uso é o meio mais rápido para diminuir o aquecimento global .
Diferentemente do acordo mais amplo de Paris, este é legalmente obrigatório. Ele limita e reduz o uso de HFCs em um processo gradual que começa em 2019 com países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos. Mais de 100 países em desenvolvimento, como a China, o maior poluidor mundial, começam a adotar medidas em 2024, quando o consumo de HFCs deve atingir seu pico.
Um pequeno grupo de países que inclui Índia, Paquistão e alguns Estados do Golfo Pérsico pressionaram e conseguiram adiar o início das ações para 2028, alegando que suas economias precisam de mais tempo para crescer.
"Foi um momento histórico, e estamos felizes de termos chegado a esse ponto em que podemos ter um consenso sobre a maioria das questões colocadas na mesa", disse o principal delegado da Índia, Ajay Narayan Jha.
Grupos ambientalistas esperavam que o acordo pudesse reduzir o aquecimento global em meio grau Celsius até o fim deste século. Este acordo representa cerca de 90% do caminho até lá, disse Durwood Zaelke, presidente do Instituto para Governança e Desenvolvimento Sustentável. Segundo Zaelke, esta é a "maior redução de temperatura já alcançada por um único acordo".
Corresponde a "interromper por mais de dois anos toda a emissão de dióxido de carbono de combustíveis fósseis no mundo", disse em comunicado David Doniger, diretor do programa de clima e ar limpo no Conselho de Defesa de Recursos Naturais.
HFCs foram introduzidos nos anos 1980s como um substituto de gases que destroem a camada de ozônio. Mas os riscos aumentaram com o crescimento das vendas de aparelhos de ar condicionado e refrigeradores em países emergentes como China e Índia. Fonte: Associated Press.