Opositores tentam forçar renúncia da primeira-ministra
Dezenas de milhares de opositores tailandeses lançaram uma operação paralisia de Bangcoc e ocuparam vários pontos da capital tailandesa
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 08h21.
Bangcoc - Dezenas de milhares de opositores tailandeses lançaram nesta segunda-feira uma operação "paralisia" de Bangcoc e ocuparam vários pontos nevrálgicos da capital, em uma nova tentativa de forçar a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
Os manifestantes exigem a renúncia da chefe de Governo e a instauração de um conselho popular não eleito para reduzir a influência política da família Shinawatra e, em particular, de Thaksin, irmão mais velho de Yingluck e primeiro-ministro entre 2001 e 2006.
Os manifestantes, muito bem organizados, prometeram ocupar zonas inteiras da capital até que Yingluck renuncie, e se opõem à realização de eleições antecipadas no dia 2 de fevereiro, que a primeira-ministra convocou para colocar fim a esta nova crise política iniciada há mais de dois meses.
Dezenas de milhares de pessoas, algumas com camisetas com o lema "Bangkok shutdown" ("Paralisia de Bangcoc"), participavam do movimento, concentrado no centro, em particular diante de um centro comercial incendiado durante a última grande crise política na Tailândia , em 2010, que terminou com mais de 90 mortos.
"Levamos adiante nossa própria revolução popular, não convocamos ninguém a dar um golpe de Estado", afirmou à frente do cortejo o líder dos manifestantes, Suthep Thaugsuban, membro do Partido Democrata, opositor, e processado por homicídio pela repressão das manifestações de 2010, quando era vice-primeiro-ministro.
O governo anunciou que convidará todas as partes a uma reunião na quarta-feira para falar de uma proposta da comissão eleitoral, que consistiria em adiar as eleições previstas para 2 de fevereiro, onde o partido da primeira-ministra, Puea Thai, aparece como favorito.
No entanto, parece improvável que o executivo aceite a demanda dos opositores de que as eleições sejam adiadas por pelo menos um ano.
A poucas horas do início da operação "paralisia", os manifestantes conseguiram perturbar o funcionamento do centro da cidade, repleto de lojas e hotéis.
Muitas escolas estavam fechadas e alguns vizinhos estocavam água e comida, embora os opositores não tenham conseguido paralisar totalmente a capital, que conta com 12 milhões de habitantes.
O metrô de Bangcoc funcionava normalmente, muitas lojas e restaurantes seguiam abertos, e os manifestantes prometeram deixar uma pista aberta em cada cruzamento importante para permitir a passagem de ambulâncias e ônibus.
Apesar do ambiente festivo que dominava os protestos, também ocorreram incidentes isolados. Nesta segunda-feira, desconhecidos dispararam a partir de um veículo contra a sede do opositor Partido Democrata. Em outro incidente, um segurança foi baleado em uma briga, segundo a polícia.
Desde o início da crise, há dois meses, oito pessoas morreram, a maioria delas em circunstâncias obscuras.
Os protestos são o novo capítulo de uma crise política que remonta a 2006, quando o magnata Thaksin Shinawatra, agora exilado, foi deposto em um golpe militar.
As últimas manifestações foram motivadas por um projeto de anistia (finalmente frustrado) que teria permitido a Thaksin retornar do exílio, sem passar pela prisão para cumprir uma condenação por corrupção.
O magnata ainda conta com um forte apoio no norte da Tailândia, mas também tem muitos opositores entre a classe média de Bangcoc e os círculos monárquicos.
As autoridades avisaram que estão dispostas a decretar um estado de emergência se ocorrerem incidentes violentos em Bangcoc, onde estão mobilizados cerca de 20.000 policiais e soldados, ainda que invisíveis.
Nesta segunda-feira também ocorreram em Bangcoc pequenas manifestações de apoio às eleições de fevereiro e contra a operação "paralisia", assim como concentrações pró-governamentais no norte do país.
Bangcoc - Dezenas de milhares de opositores tailandeses lançaram nesta segunda-feira uma operação "paralisia" de Bangcoc e ocuparam vários pontos nevrálgicos da capital, em uma nova tentativa de forçar a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
Os manifestantes exigem a renúncia da chefe de Governo e a instauração de um conselho popular não eleito para reduzir a influência política da família Shinawatra e, em particular, de Thaksin, irmão mais velho de Yingluck e primeiro-ministro entre 2001 e 2006.
Os manifestantes, muito bem organizados, prometeram ocupar zonas inteiras da capital até que Yingluck renuncie, e se opõem à realização de eleições antecipadas no dia 2 de fevereiro, que a primeira-ministra convocou para colocar fim a esta nova crise política iniciada há mais de dois meses.
Dezenas de milhares de pessoas, algumas com camisetas com o lema "Bangkok shutdown" ("Paralisia de Bangcoc"), participavam do movimento, concentrado no centro, em particular diante de um centro comercial incendiado durante a última grande crise política na Tailândia , em 2010, que terminou com mais de 90 mortos.
"Levamos adiante nossa própria revolução popular, não convocamos ninguém a dar um golpe de Estado", afirmou à frente do cortejo o líder dos manifestantes, Suthep Thaugsuban, membro do Partido Democrata, opositor, e processado por homicídio pela repressão das manifestações de 2010, quando era vice-primeiro-ministro.
O governo anunciou que convidará todas as partes a uma reunião na quarta-feira para falar de uma proposta da comissão eleitoral, que consistiria em adiar as eleições previstas para 2 de fevereiro, onde o partido da primeira-ministra, Puea Thai, aparece como favorito.
No entanto, parece improvável que o executivo aceite a demanda dos opositores de que as eleições sejam adiadas por pelo menos um ano.
A poucas horas do início da operação "paralisia", os manifestantes conseguiram perturbar o funcionamento do centro da cidade, repleto de lojas e hotéis.
Muitas escolas estavam fechadas e alguns vizinhos estocavam água e comida, embora os opositores não tenham conseguido paralisar totalmente a capital, que conta com 12 milhões de habitantes.
O metrô de Bangcoc funcionava normalmente, muitas lojas e restaurantes seguiam abertos, e os manifestantes prometeram deixar uma pista aberta em cada cruzamento importante para permitir a passagem de ambulâncias e ônibus.
Apesar do ambiente festivo que dominava os protestos, também ocorreram incidentes isolados. Nesta segunda-feira, desconhecidos dispararam a partir de um veículo contra a sede do opositor Partido Democrata. Em outro incidente, um segurança foi baleado em uma briga, segundo a polícia.
Desde o início da crise, há dois meses, oito pessoas morreram, a maioria delas em circunstâncias obscuras.
Os protestos são o novo capítulo de uma crise política que remonta a 2006, quando o magnata Thaksin Shinawatra, agora exilado, foi deposto em um golpe militar.
As últimas manifestações foram motivadas por um projeto de anistia (finalmente frustrado) que teria permitido a Thaksin retornar do exílio, sem passar pela prisão para cumprir uma condenação por corrupção.
O magnata ainda conta com um forte apoio no norte da Tailândia, mas também tem muitos opositores entre a classe média de Bangcoc e os círculos monárquicos.
As autoridades avisaram que estão dispostas a decretar um estado de emergência se ocorrerem incidentes violentos em Bangcoc, onde estão mobilizados cerca de 20.000 policiais e soldados, ainda que invisíveis.
Nesta segunda-feira também ocorreram em Bangcoc pequenas manifestações de apoio às eleições de fevereiro e contra a operação "paralisia", assim como concentrações pró-governamentais no norte do país.