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Opositores são evacuados em tensa sessão sul-africana

A polícia evacuou à força deputados da oposição sul-africana durante tensão sessão parlamentar

Presidente da África do Sul, Jacob Zuma: sessão absolveu Zuma em caso de desvio de verbas (Siphiwe Sibeko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 09h22.

Johanesburgo - A polícia antidistúrbios evacuou na noite de quinta-feira à força vários deputados da oposição sul-africana durante uma tensa sessão parlamentar na qual o Legislativo absolveu o presidente, Jacob Zuma, de responsabilidade em um caso de desvio de verbas, informou a imprensa local.

Após mais de sete horas de debate, o parlamento - dominado pelo governista Congresso Nacional Africano (CNA) - adotou as conclusões da comissão de investigação que descarta que Zuma tenha cometido irregularidades ao utilizar mais de 15 milhões de euros nas obras de melhora de sua residência privada em Nkandla (leste).

Os agentes entraram no parlamento a pedido da presidente da câmara, Baleka Mbete, do CNA, e tiraram da sala vários deputados do opositor Lutadores pela Liberdade Econômica (EEF), que cantavam para o presidente "devolve o dinheiro".

Os deputados do EEF se negaram a abandonar o parlamento apesar das exigências de Mbete, que tinha lidado antes com insultos e inclusive resistências entre parlamentares do poder e da oposição.

A tensão foi instaurada no Parlamente depois que a comissão de investigação concluiu que Zuma -que se encontra na cúpula do G20 na Austrália- não conhecia o custo das obras, e que deve ser o próprio presidente quem determina se algum funcionário público atuou de forma imprópria e deve ser castigado.

A Defensora do povo, Thuli Madonsela, acusou Zuma em um relatório oficial de utilizar o dinheiro em seu benefício pessoal, e pediu que devolva a parte do dinheiro que não foi utilizada em melhoras de segurança.

O projeto de reforma incluiu como despesas de segurança a construção de um curral para frangos e um estábulo para vacas e uma piscina, entre outras infraestruturas.

Zuma não devolveu o dinheiro até agora e deixou a decisão nas mãos de seu governo, que deve determinar se foi cometida algum tipo de ilegalidade no projeto e, neste caso, determinar a parte das despesas que deve retornar aos cofres públicos.

Tanto o EFF como a opositora Aliança Democrática (AD) acusaram os parlamentares do CNA de amparar a corrupção.

A AD qualificou o ocorrido ontem no parlamento de um "estado policial".

O escândalo de Nkandla persegue há meses Zuma, cuja popularidade caiu devido aos episódios de abuso de poder.

Apesar disso, o presidente conseguiu em 7 de maio uma vitória eleitoral por mais de 60% dos votos, o que permitiu conseguir seu segundo e último mandato como chefe do Estado.

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Após mais de sete horas de debate, o parlamento - dominado pelo governista Congresso Nacional Africano (CNA) - adotou as conclusões da comissão de investigação que descarta que Zuma tenha cometido irregularidades ao utilizar mais de 15 milhões de euros nas obras de melhora de sua residência privada em Nkandla (leste).

Os agentes entraram no parlamento a pedido da presidente da câmara, Baleka Mbete, do CNA, e tiraram da sala vários deputados do opositor Lutadores pela Liberdade Econômica (EEF), que cantavam para o presidente "devolve o dinheiro".

Os deputados do EEF se negaram a abandonar o parlamento apesar das exigências de Mbete, que tinha lidado antes com insultos e inclusive resistências entre parlamentares do poder e da oposição.

A tensão foi instaurada no Parlamente depois que a comissão de investigação concluiu que Zuma -que se encontra na cúpula do G20 na Austrália- não conhecia o custo das obras, e que deve ser o próprio presidente quem determina se algum funcionário público atuou de forma imprópria e deve ser castigado.

A Defensora do povo, Thuli Madonsela, acusou Zuma em um relatório oficial de utilizar o dinheiro em seu benefício pessoal, e pediu que devolva a parte do dinheiro que não foi utilizada em melhoras de segurança.

O projeto de reforma incluiu como despesas de segurança a construção de um curral para frangos e um estábulo para vacas e uma piscina, entre outras infraestruturas.

Zuma não devolveu o dinheiro até agora e deixou a decisão nas mãos de seu governo, que deve determinar se foi cometida algum tipo de ilegalidade no projeto e, neste caso, determinar a parte das despesas que deve retornar aos cofres públicos.

Tanto o EFF como a opositora Aliança Democrática (AD) acusaram os parlamentares do CNA de amparar a corrupção.

A AD qualificou o ocorrido ontem no parlamento de um "estado policial".

O escândalo de Nkandla persegue há meses Zuma, cuja popularidade caiu devido aos episódios de abuso de poder.

Apesar disso, o presidente conseguiu em 7 de maio uma vitória eleitoral por mais de 60% dos votos, o que permitiu conseguir seu segundo e último mandato como chefe do Estado.

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