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Oposição síria considera eleição de Assad ilegítima

A principal coalizão de oposição na Síria classificou de ilegítima a eleição do presidente Bashar al-Assad

Sírios comemoram vitória de Bashar al-Assad: revolta popular continuará, diz oposição (Joseph Eid/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 14h06.

Beirute - A principal coalizão de oposição na Síria classificou de "ilegítima" a eleição do presidente Bashar al-Assad e afirmou que a revolta popular continuará contra o regime.

Assad foi declarado vencedor das presidenciais celebradas em áreas controladas pelo regime com 88,7% dos votos.

"A coalizão nacional síria afirma que a eleição é ilegítima e não representa o povo sírio. O povo continuará com a revolução até que sejam cumpridos os objetivos a favor da liberdade, da justiça e da democracia", afirma em um comunicado.

Em seu comunicado, a coalizão pede à comunidade internacional que "aumente a ajuda à oposição para mudar o equilíbrio de forças no campo de batalha e obrigar o regime de Assad a aceitar os acordos internacionais que constituem a base de uma solução política na Síria".

"O regime acabou ontem com o último ato desta farsa proclamando a vitória do criminoso Bashar em uma eleição boicotada pela maioria dos sírios no interior, e na qual os estudantes e funcionários foram obrigados a participar sob ameaça", completa o texto.

"Os mais de nove milhões de sírios que se viram obrigados a abandonar suas casas (em consequência da violência) também não participaram nas eleições", destaca a coalizão.

Assad foi reeleito para um mandato de sete anos com 88,7% dos votos, segundo anunciou nesta quarta-feira o presidente do parlamento, em uma eleição classificada de "farsa" pela oposição e pelos países ocidentais.

Os outros dois candidatos, Hassan al Nuri e Maher al Hajar, dois desconhecidos, obtiveram, respectivamente, 4,3% e 3,2% dos votos.

Segundo as autoridades sírias, 11,6 milhões dos 15,8 milhões de convocados compareceram às urnas.

Vários países ocidentais chamaram de "farsa trágica" as eleições, organizadas em um país devastado por uma guerra que provocou mais de 162.000 mortes.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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    3 /4(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

  • O quê: eleições presidenciais Quando: outubro Dilma Rousseff não deve ter dificuldade para conseguir o seu segundo mandato. A grande discussão da oposição se limita a saber quem pode ser forte o bastante para prolongar a disputa até o segundo turno. Dilma deverá enfrentar, em junho, o teste de fogo da Copa do Mundo (se algo der muito errado, as consequências para o governo são imprevisíveis). Além disso, mais uma onda de protestos em junho já está agendada há tempos no calendário dos manifestantes.
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    4 /4(STR/AFP/Getty Images)

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