Oposição portuguesa anuncia fracasso de negociações
Não houve um acordo sobre as medidas necessárias para manter a assistência financeira internacional a Portugal
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2013 às 19h34.
Lisboa - Governo e oposição não chegaram a um acordo sobre as medidas necessárias para manter a assistência financeira internacional a Portugal e uma decisão sobre os próximos passos caberá agora ao presidente da República, disse nesta sexta-feira o líder da oposição socialista, António José Seguro.
A crise, que começou como uma divisão interna na coalizão de centro-direita e ganhou contornos de um debate sobre as medidas de austeridade, ameaça atrapalhar os planos para tirar Portugal do resgate internacional e devolver o país ao mercado de títulos financeiros em meados de 2014.
Seguro disse que os dois partidos da coalizão --o Partido Social Democrata (PSD) e o CDS-PP-- rejeitaram a maioria das propostas socialistas, embora houvesse convergência em torno de alguns pontos que ele não especificou.
Os socialistas desejam renegociar os termos de uma parcela de 78 bilhões de dólares oferecida pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional.
As medidas exigidas em troca dessa e de outras ajudas anteriores contribuíram para levar Portugal à sua pior recessão desde a década de 1970. O governo diz que abandonar esse caminho agora afetará a credibilidade portuguesa junto a credores e investidores.
Seguro disse que houve especial divergência a respeito dos cortes orçamentários de 4,7 bilhões de euros propostos pelo governo.
"Estamos perante duas visões distintas e alternativas para o nosso país: manter a direção para que aqueles que, como (os partidos governistas) PSD e CDS, entendem que está tudo bem. Ou dar um novo rumo a Portugal para aqueles que, como nós, consideram que os portugueses não aguentam mais sacrifícios e que esta política não está a dar os resultados pretendidos", disse o líder oposicionista a jornalistas após reunião com o presidente Aníbal Cavaco Silva.
"Muitos de vós perguntam-se: e agora? O que vai acontecer? Cabe ao senhor Presidente da República decidir." O racha na coalizão surgiu no começo de julho, quando dois ministros do minoritário CDS-PP se demitiram. Em seguida, houve um recuo que parecia ter levado à paz, mas Cavaco Silva então rejeitou uma proposta de reforma ministerial e pediu que o governo e a oposição alcançassem um acordo de "salvação nacional".
Os três principais partidos haviam concedido a si mesmos um prazo até domingo para selar um pacto. A crise política já levou Lisboa a solicitar um adiamento da oitava revisão do resgate pelos credores, que deveria ter começado na última segunda-feira, mas ficará para o fim de agosto ou começo de setembro.
Lisboa - Governo e oposição não chegaram a um acordo sobre as medidas necessárias para manter a assistência financeira internacional a Portugal e uma decisão sobre os próximos passos caberá agora ao presidente da República, disse nesta sexta-feira o líder da oposição socialista, António José Seguro.
A crise, que começou como uma divisão interna na coalizão de centro-direita e ganhou contornos de um debate sobre as medidas de austeridade, ameaça atrapalhar os planos para tirar Portugal do resgate internacional e devolver o país ao mercado de títulos financeiros em meados de 2014.
Seguro disse que os dois partidos da coalizão --o Partido Social Democrata (PSD) e o CDS-PP-- rejeitaram a maioria das propostas socialistas, embora houvesse convergência em torno de alguns pontos que ele não especificou.
Os socialistas desejam renegociar os termos de uma parcela de 78 bilhões de dólares oferecida pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional.
As medidas exigidas em troca dessa e de outras ajudas anteriores contribuíram para levar Portugal à sua pior recessão desde a década de 1970. O governo diz que abandonar esse caminho agora afetará a credibilidade portuguesa junto a credores e investidores.
Seguro disse que houve especial divergência a respeito dos cortes orçamentários de 4,7 bilhões de euros propostos pelo governo.
"Estamos perante duas visões distintas e alternativas para o nosso país: manter a direção para que aqueles que, como (os partidos governistas) PSD e CDS, entendem que está tudo bem. Ou dar um novo rumo a Portugal para aqueles que, como nós, consideram que os portugueses não aguentam mais sacrifícios e que esta política não está a dar os resultados pretendidos", disse o líder oposicionista a jornalistas após reunião com o presidente Aníbal Cavaco Silva.
"Muitos de vós perguntam-se: e agora? O que vai acontecer? Cabe ao senhor Presidente da República decidir." O racha na coalizão surgiu no começo de julho, quando dois ministros do minoritário CDS-PP se demitiram. Em seguida, houve um recuo que parecia ter levado à paz, mas Cavaco Silva então rejeitou uma proposta de reforma ministerial e pediu que o governo e a oposição alcançassem um acordo de "salvação nacional".
Os três principais partidos haviam concedido a si mesmos um prazo até domingo para selar um pacto. A crise política já levou Lisboa a solicitar um adiamento da oitava revisão do resgate pelos credores, que deveria ter começado na última segunda-feira, mas ficará para o fim de agosto ou começo de setembro.