Operações militares turcas ameaçam 200 mil civis, diz AI
De acordo com a Fundação de Direitos Humanos da Turquia, 162 pessoas - 29 mulheres, 32 crianças e 24 idosos - morreram durante o toque de recolher obrigatório
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 10h11.
A organização não governamental ( ONG ) de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional alertou hoje (21) que as operações militares lançadas em dezembro pelo governo turco contra a guerrilha curda, no Sudeste do país, ameaçam a vida de 200 mil civis.
De acordo com dados da Fundação de Direitos Humanos da Turquia, 162 pessoas - 29 mulheres, 32 crianças e 24 idosos - morreram durante o toque de recolher obrigatório, imposto desde agosto passado em várias cidades de maioria curda, acrescentou a ONG, que tem sede em Londres.
Em alguns casos, as mortes foram causadas por atiradores que atuam a grandes distâncias, informou o relatório da Anistia Internacional.
O governo turco reconheceu apenas a morte de 18 civis em quatro municípios sob toque de recolher obrigatório desde dezembro. No mesmo período, morreram 24 elementos das forças de segurança.
Cerca de 90 mil civis abandonaram os quatro municípios onde vigora atualmente o recolher obrigatório, mas cerca de 200 mil pessoas continuam a ser afetadas pelas operações, considerou a ONG.
As operações policial e militar são dirigidas contra grupos do YDG-H, braço da juventude do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que tomaram o poder em vários bairros dessas cidades e que atacam as forças de segurança com lança-granadas, armas ligeiras e explosivos de fabricação caseira.
O objetivo das forças de segurança parece ser eliminar os membros do YDG-H e não a detenção, o que é contrário às normas internacionais. O uso de armamento pesado em áreas habitadas pode causar baixas civis, destaca o relatório.
"Existem poucas dúvidas de que as autoridades turcas põem em risco vidas humanas ao recorrer à força de forma excessiva e sem critérios", concluiu a organização.
A ONG pediu ao governo turco "garantias de que a utilização de armas de fogo respeite os direitos humanos", ao mesmo tempo em que denunciou as campanhas judiciais contra a imprensa e a comunidade acadêmica, que criticam as operações militares.
A organização não governamental ( ONG ) de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional alertou hoje (21) que as operações militares lançadas em dezembro pelo governo turco contra a guerrilha curda, no Sudeste do país, ameaçam a vida de 200 mil civis.
De acordo com dados da Fundação de Direitos Humanos da Turquia, 162 pessoas - 29 mulheres, 32 crianças e 24 idosos - morreram durante o toque de recolher obrigatório, imposto desde agosto passado em várias cidades de maioria curda, acrescentou a ONG, que tem sede em Londres.
Em alguns casos, as mortes foram causadas por atiradores que atuam a grandes distâncias, informou o relatório da Anistia Internacional.
O governo turco reconheceu apenas a morte de 18 civis em quatro municípios sob toque de recolher obrigatório desde dezembro. No mesmo período, morreram 24 elementos das forças de segurança.
Cerca de 90 mil civis abandonaram os quatro municípios onde vigora atualmente o recolher obrigatório, mas cerca de 200 mil pessoas continuam a ser afetadas pelas operações, considerou a ONG.
As operações policial e militar são dirigidas contra grupos do YDG-H, braço da juventude do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que tomaram o poder em vários bairros dessas cidades e que atacam as forças de segurança com lança-granadas, armas ligeiras e explosivos de fabricação caseira.
O objetivo das forças de segurança parece ser eliminar os membros do YDG-H e não a detenção, o que é contrário às normas internacionais. O uso de armamento pesado em áreas habitadas pode causar baixas civis, destaca o relatório.
"Existem poucas dúvidas de que as autoridades turcas põem em risco vidas humanas ao recorrer à força de forma excessiva e sem critérios", concluiu a organização.
A ONG pediu ao governo turco "garantias de que a utilização de armas de fogo respeite os direitos humanos", ao mesmo tempo em que denunciou as campanhas judiciais contra a imprensa e a comunidade acadêmica, que criticam as operações militares.