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Opep se mostra favorável a manter cota de produção

A maioria dos ministros da organização aceitou manter a cota conjunta em 30 milhões de barris diários nos próximos meses

Vários ministros mostraram seu temor de que a crise europeia empurre a conjuntura mundial para baixo afetando os preços (Joe Klamar/AFP)

Vários ministros mostraram seu temor de que a crise europeia empurre a conjuntura mundial para baixo afetando os preços (Joe Klamar/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 12h57.

Viena - A maioria dos ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) mostrou-se nesta quinta-feira favorável a manter a cota conjunta de produção em 30 milhões de barris diários (mbd) nos próximos meses, apesar de o preço do "ouro negro" ter caído 29% desde março, pressionado pela crise de dívida da zona do euro.

"A maioria optou por manter os 30 milhões de barris por dia, mas os grandes produtores estão com uma leve tendência de subir a produção", afirmou em Viena o ministro de Recursos Naturais Não Renováveis do Equador, Wilson Pástor.

A favor de manter o atual teto de produção também se mostraram abertamente Irã, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.

"Estamos cômodos com a atual situação de cotas conjuntas de 30 milhões de barris" diários, afirmou à imprensa o ministro do Petróleo dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed al Hamli.

Na mesma linha se manifestou o titular dessa pasta no Kuwait, Hani Abdulaziz Hussain, que apoiou a manutenção das cotas de produção em 30 mbd, ao tempo que defendeu que um barril a US$ 100 é "aceitável e razoável".

"Achamos que os 30 milhões podem satisfazer o mercado", indicou por sua vez o ministro iraniano de Petróleo, Rostam Ghasemi.

A maioria dos presentes ao encontro também afirmou que o mercado do petróleo está super abastecido e, se o Equador cifrou essa oferta excedente em 1,6 até 1,8 milhão de barris diários (bd), a Venezuela a elevou a 2,8 milhões, de acordo com seu titular da pasta de Petróleo, Rafael Ramírez.

A Opep reúne-se hoje em Viena para decidir sua oferta nos próximos meses. Vários ministros mostraram seu temor de que a crise europeia empurre a conjuntura mundial para baixo e, afetando os preços.

O barril do Brent era vendido nesta manhã a US$ 97,47, o do Texas terminou ontem cotado a US$ 82,62, e o usado como referência pela Opep tinha na terça-feira o preço de US$ 94,99.

Os ministros da organização coincidem em defender um preço de US$ 100 por barril e, ante as grandes incertezas que rondam o mercado, a maioria dos analistas acredita que em Viena sairá a decisão de manter a cota de 30 mbd estipulada em dezembro do ano passado.

Em maio, o grupo superou esse teto em um volume de 1,5 mbd, segundo a Opep, e 1,8 mbd, de acordo com a Agência Internacional de Energia. 

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