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Opep fala de "nuvens obscuras" sobre a economia que afetam o petróleo

A situação da economia mundial pode provocar uma revisão na queda da previsão da organização para a demanda deste ano e do próximo

Desde 3 de agosto, o petróleo da Opep caiu 8%, passando dos US$ 110,55 por barril para os US$ 102,37 desta segunda-feira (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 11h15.

Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fala em seu relatório mensal de agosto, divulgado nesta terça-feira em Viena, de "nuvens obscuras" sobre a economia mundial que estariam afetando o mercado do petróleo e poderiam provocar uma revisão na queda de sua previsão para a demanda deste ano e do próximo.

Segundo os analistas da Opep, o consumo mundial do petróleo ficará em 2011 em 88,14 milhões de barris diários (mb/d), cerca de 1,2 mb/d a mais do que o registrado no ano passado, mas cerca de 150 mil b/d a menos do era previsto no mês anterior.

Para 2012 é esperado um aumento da demanda de 1,3 mb/d, que ainda representariam cerca de 200 mil b/d a menos do que se estimava no último relatório de julho.

Os especialistas da Opep afirmam que os dados econômicos mais recentes indicam "um risco significativamente maior pela fraqueza (econômica) dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)".

Isso teria "consequências inevitáveis" para os países emergentes e a economia mundial em sua totalidade, acrescentam.

Por conta disso, a Opep reduz no relatório sua previsão de crescimento global da economia neste este ano de 3,9% para 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e para o ano que vem de 4,1% para 4%.

Segundo a organização, o retrocesso é maior nos países industrializados, com uma revisão em baixa de 2,1% para 1,8% neste ano e de 2,5% para 2,2% em 2012.

Diante deste panorama, os economistas da Opep apontam que os países industrializados sofrem de "crescentes níveis de dívida, o que limita as possibilidades dos governos para estimular as economias".

Além disso, destacam que o crescimento do consumo privado nos Estados Unidos está se desacelerando desde fevereiro e que entrou em terreno negativo em junho.

"Esta tendência poderia ter um sério impacto sobre o crescimento global, já que o consumo privado nos Estados Unidos equivale a um sétimo do PIB global", advertem os analistas do grupo.

Enquanto a organização indica que o mercado dispõe de suficiente petróleo, já que a produção do grupo alcançou os 30,07 mb/b (400 mil b/d a mais do que em junho e seu nível mais alto neste ano), "nuvens obscuras sobre a economia já estão causando impacto sobre a direção do mercado".

Desde 3 de agosto, o petróleo da Opep caiu 8%, passando dos US$ 110,55 por barril para os US$ 102,37 desta segunda-feira.

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Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fala em seu relatório mensal de agosto, divulgado nesta terça-feira em Viena, de "nuvens obscuras" sobre a economia mundial que estariam afetando o mercado do petróleo e poderiam provocar uma revisão na queda de sua previsão para a demanda deste ano e do próximo.

Segundo os analistas da Opep, o consumo mundial do petróleo ficará em 2011 em 88,14 milhões de barris diários (mb/d), cerca de 1,2 mb/d a mais do que o registrado no ano passado, mas cerca de 150 mil b/d a menos do era previsto no mês anterior.

Para 2012 é esperado um aumento da demanda de 1,3 mb/d, que ainda representariam cerca de 200 mil b/d a menos do que se estimava no último relatório de julho.

Os especialistas da Opep afirmam que os dados econômicos mais recentes indicam "um risco significativamente maior pela fraqueza (econômica) dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)".

Isso teria "consequências inevitáveis" para os países emergentes e a economia mundial em sua totalidade, acrescentam.

Por conta disso, a Opep reduz no relatório sua previsão de crescimento global da economia neste este ano de 3,9% para 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e para o ano que vem de 4,1% para 4%.

Segundo a organização, o retrocesso é maior nos países industrializados, com uma revisão em baixa de 2,1% para 1,8% neste ano e de 2,5% para 2,2% em 2012.

Diante deste panorama, os economistas da Opep apontam que os países industrializados sofrem de "crescentes níveis de dívida, o que limita as possibilidades dos governos para estimular as economias".

Além disso, destacam que o crescimento do consumo privado nos Estados Unidos está se desacelerando desde fevereiro e que entrou em terreno negativo em junho.

"Esta tendência poderia ter um sério impacto sobre o crescimento global, já que o consumo privado nos Estados Unidos equivale a um sétimo do PIB global", advertem os analistas do grupo.

Enquanto a organização indica que o mercado dispõe de suficiente petróleo, já que a produção do grupo alcançou os 30,07 mb/b (400 mil b/d a mais do que em junho e seu nível mais alto neste ano), "nuvens obscuras sobre a economia já estão causando impacto sobre a direção do mercado".

Desde 3 de agosto, o petróleo da Opep caiu 8%, passando dos US$ 110,55 por barril para os US$ 102,37 desta segunda-feira.

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