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ONU pede fim da mutilação genital feminina

A prática já matou dezenas de milhões de mulheres

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, em Nairóbi (Tony Karumba/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 14h32.

Nairóbi - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira o fim da mutilação genital feminina, lançando com o jornal britânico The Guardian uma campanha global contra esta prática, que já matou dezenas de milhões de mulheres.

"A mutilação de meninas e mulheres deve cessar ainda nesta geração, a nossa geração", afirmou ele a partir da sede regional da ONU em Nairobi, lançando um convocando os "homens e jovens para que apoiem a luta contra a mutilação genital feminina (MGF)".

Estas mutilações sexuais - ou circuncisões - consiste na remoção parcial ou total da genitália externa feminina (clitóris, pequenos e grandes lábios).

Segundo a Unicef, é realizada principalmente em crianças e adolescentes, mas em alguns países, também em bebês do sexo feminino com menos de um ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou mais de 125 milhões de vítimas deste mutilação em 29 países da África e do Oriente Médio.

A Unicef assinala que esta prática também está crescendo na Europa, Austrália, Canadá e Estados Unidos, especialmente entre os Imigrantes provenientes dessas regiões.

Traumatismo, infecções, dor

As mutilações, realizadas por "fatores culturais, religiosos e sociales, não representam nenhum benefício para a saúde" da mulher, insiste a OMS. Ao contrário, causam "traumas sistematicamente e podem levar à morte se a perda de sangue for suficiente para ocasionar uma hemorragia", destaca a UNICEF.

A agressão também pode tornar a mulher estéril, provocar incontinência urinária e trazer riscos de infecções.

A circuncisão feminina é proibida em muitos países, mas ainda é praticada em algumas comunidades de forma clandestina em condições insalubres e sem anestesia.

"Esta prática não tem a ver com cultura, é uma violação aos direitos humanos", declarou nesta quinta-feira uma vítima de mutilação, Kakenya Ntaiya.

Esta prática "mata os sonhos, as esperanças, as vidas dessas meninas", acrescentou esta masai de 36 anos, mãe de dois filhos que atualmente dirige uma organização não governamental que ajuda as jovens quenianas vítimas dessas práticas traumatizantes à seguir adiante.

A campanha contra a circuncisão feminina foi lançada inicialmente no Reino Unido por uma jornalista do jornal britânico The Guardian, Maggie O'Kane.

Posteriormente, uma petição fez com que o governo impusesse o ensino dos perigos da mutilação genital nas escolas.

Segundo O'Kane, cerca de 20.000 jovens estão expostas a essas mutilações no Reino Unido.

Ban Ki-monn se juntou a esses esforços e pediu a colaboração dos meios de comunicação na luta contra esta prática.

"As coisas podem mudar se a mídia der atenção prolongada às consequências desastrosas da (mutilação) em termos de saúde pública e as violações dos direitos de centenas de milhares de mulheres e meninas (que elas representam) em todo o mundo", declarou Ban Ki-moon nesta quinta-feira.

A circuncisão feminina é proibida no Quênia, mas continua a ser praticada em algumas comunidades.

Este país é a última etapa de um giro de Ban Ki-moon pelo Chifre da África, uma região onde a circuncisão feminina ainda é uma prática generalizada.

Esta semana, o secretário-geral da ONU visitou a Etiópia, Djibuti e Somália.

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Nairóbi - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira o fim da mutilação genital feminina, lançando com o jornal britânico The Guardian uma campanha global contra esta prática, que já matou dezenas de milhões de mulheres.

"A mutilação de meninas e mulheres deve cessar ainda nesta geração, a nossa geração", afirmou ele a partir da sede regional da ONU em Nairobi, lançando um convocando os "homens e jovens para que apoiem a luta contra a mutilação genital feminina (MGF)".

Estas mutilações sexuais - ou circuncisões - consiste na remoção parcial ou total da genitália externa feminina (clitóris, pequenos e grandes lábios).

Segundo a Unicef, é realizada principalmente em crianças e adolescentes, mas em alguns países, também em bebês do sexo feminino com menos de um ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou mais de 125 milhões de vítimas deste mutilação em 29 países da África e do Oriente Médio.

A Unicef assinala que esta prática também está crescendo na Europa, Austrália, Canadá e Estados Unidos, especialmente entre os Imigrantes provenientes dessas regiões.

Traumatismo, infecções, dor

As mutilações, realizadas por "fatores culturais, religiosos e sociales, não representam nenhum benefício para a saúde" da mulher, insiste a OMS. Ao contrário, causam "traumas sistematicamente e podem levar à morte se a perda de sangue for suficiente para ocasionar uma hemorragia", destaca a UNICEF.

A agressão também pode tornar a mulher estéril, provocar incontinência urinária e trazer riscos de infecções.

A circuncisão feminina é proibida em muitos países, mas ainda é praticada em algumas comunidades de forma clandestina em condições insalubres e sem anestesia.

"Esta prática não tem a ver com cultura, é uma violação aos direitos humanos", declarou nesta quinta-feira uma vítima de mutilação, Kakenya Ntaiya.

Esta prática "mata os sonhos, as esperanças, as vidas dessas meninas", acrescentou esta masai de 36 anos, mãe de dois filhos que atualmente dirige uma organização não governamental que ajuda as jovens quenianas vítimas dessas práticas traumatizantes à seguir adiante.

A campanha contra a circuncisão feminina foi lançada inicialmente no Reino Unido por uma jornalista do jornal britânico The Guardian, Maggie O'Kane.

Posteriormente, uma petição fez com que o governo impusesse o ensino dos perigos da mutilação genital nas escolas.

Segundo O'Kane, cerca de 20.000 jovens estão expostas a essas mutilações no Reino Unido.

Ban Ki-monn se juntou a esses esforços e pediu a colaboração dos meios de comunicação na luta contra esta prática.

"As coisas podem mudar se a mídia der atenção prolongada às consequências desastrosas da (mutilação) em termos de saúde pública e as violações dos direitos de centenas de milhares de mulheres e meninas (que elas representam) em todo o mundo", declarou Ban Ki-moon nesta quinta-feira.

A circuncisão feminina é proibida no Quênia, mas continua a ser praticada em algumas comunidades.

Este país é a última etapa de um giro de Ban Ki-moon pelo Chifre da África, uma região onde a circuncisão feminina ainda é uma prática generalizada.

Esta semana, o secretário-geral da ONU visitou a Etiópia, Djibuti e Somália.

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