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ONU negocia libertar capacetes azuis sequestrados na Síria

21 observadores filipinos da ONU foram capturados por rebeldes sírios nesta quarta-feira

Soldados da ONU monitoram o lado sírio da fronteira: a ONU é encarregada desde 1974 de fazer respeitar o cessar-fogo entre Israel e Síria nas Colinas de Golã (Menahem Kahana/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 11h53.

Damasco - A ONU negociava nesta quinta-feira a libertação de 21 observadores filipinos, capturados por rebeldes sírios na véspera, enquanto a aviação do governo bombardeava Raqa, primeira capital provincial a cair nas mãos dos insurgentes.

No primeiro sequestro deste tipo desde o início do conflito, há quase dois anos, os rebeldes raptaram 21 observadores filipinos da força da ONU encarregada desde 1974 de fazer respeitar o cessar-fogo entre Israel e Síria nas Colinas de Golã, ocupadas, em sua maior parte, pelo Estado hebreu.

Manila e a ONU afirmaram que os responsáveis pela força estão negociando a libertação dos observadores capturados enquanto realizavam uma "missão ordinária de provisionamento" no sul de Golã.

Os chefes da força (FNUOD) entraram em contato com os rebeldes e esperam que os observadores sejam libertados", declarou o presidente filipino, Benigno Aquino, dizendo que estão sendo "bem tratados" e que, "até o momento, nada indica que estejam em perigo".

O ministro das Relações Exteriores filipino, Albert del Rosrio, pediu sua libertação imediata.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), os captores exigem para libertá-los a retirada das tropas do regime dos arredores do setor de Jamla, a 1,5 km da linha de cessar-fogo. Alguns deles acusam inclusive a FNUOD de ajudar o exército.

Em Nova York, os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram firmemente o sequestro e exigiram sua libertação imediata e sem condições.

O chefe das operações de manutenção de paz da ONU, Hervé Ladsous, falou de "um incidente muito grave" e assegurou que há negociações em andamento.

Em Jerusalém, um funcionário israelense disse que teme que o sequestro provoque a partida do conjunto da força da ONU, formada por cerca de mil soldados de cinco países (Áustria, Croácia, Índia, Japão e Filipinas).

"O sequestro pode levar os países com contingentes nesta força a repatriá-los, o que criaria um vazio perigoso na zona" desmilitarizada, declarou o funcionário israelense.

A ONU denunciou em dezembro a presença de rebeldes na zona desmilitarizada do Golã, e incursões do exército para caçá-los.

No fim de fevereiro, a ONU anunciou que um membro da FNUOD havia desaparecido, sem informar sua nacionalidade.

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Damasco - A ONU negociava nesta quinta-feira a libertação de 21 observadores filipinos, capturados por rebeldes sírios na véspera, enquanto a aviação do governo bombardeava Raqa, primeira capital provincial a cair nas mãos dos insurgentes.

No primeiro sequestro deste tipo desde o início do conflito, há quase dois anos, os rebeldes raptaram 21 observadores filipinos da força da ONU encarregada desde 1974 de fazer respeitar o cessar-fogo entre Israel e Síria nas Colinas de Golã, ocupadas, em sua maior parte, pelo Estado hebreu.

Manila e a ONU afirmaram que os responsáveis pela força estão negociando a libertação dos observadores capturados enquanto realizavam uma "missão ordinária de provisionamento" no sul de Golã.

Os chefes da força (FNUOD) entraram em contato com os rebeldes e esperam que os observadores sejam libertados", declarou o presidente filipino, Benigno Aquino, dizendo que estão sendo "bem tratados" e que, "até o momento, nada indica que estejam em perigo".

O ministro das Relações Exteriores filipino, Albert del Rosrio, pediu sua libertação imediata.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), os captores exigem para libertá-los a retirada das tropas do regime dos arredores do setor de Jamla, a 1,5 km da linha de cessar-fogo. Alguns deles acusam inclusive a FNUOD de ajudar o exército.

Em Nova York, os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram firmemente o sequestro e exigiram sua libertação imediata e sem condições.

O chefe das operações de manutenção de paz da ONU, Hervé Ladsous, falou de "um incidente muito grave" e assegurou que há negociações em andamento.

Em Jerusalém, um funcionário israelense disse que teme que o sequestro provoque a partida do conjunto da força da ONU, formada por cerca de mil soldados de cinco países (Áustria, Croácia, Índia, Japão e Filipinas).

"O sequestro pode levar os países com contingentes nesta força a repatriá-los, o que criaria um vazio perigoso na zona" desmilitarizada, declarou o funcionário israelense.

A ONU denunciou em dezembro a presença de rebeldes na zona desmilitarizada do Golã, e incursões do exército para caçá-los.

No fim de fevereiro, a ONU anunciou que um membro da FNUOD havia desaparecido, sem informar sua nacionalidade.

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