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ONU investiga ataque a comboio humanitário na Síria

Este grupo de investigação interna da ONU "determinará os fatos do incidente de 19 de setembro", segundo o comunicado

Ajuda humanitária: o resultado da investigação será informado a Ban Ki-moon, que decidirá os passos a serem tomados (Bassam Khabieh/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2016 às 15h51.

A ONU anunciou nesta sexta-feira o início de uma comissão para investigar o ataque realizado neste mês contra um comboio humanitário da organização e do Crescente Vermelho perto da cidade síria de Aleppo.

A equipe se encarregará de determinar o ocorrido e informará as conclusões ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, segundo comunicado.

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A partir desse relatório, caberá a Ban decidir os próximos passos a serem tomados, afirma a nota, na qual a ONU pediu a colaboração de todos os países.

O ataque ocorreu no dia 19 de setembro, quando 31 caminhões com ajuda humanitária se encontravam ao oeste de Aleppo. Pelo menos 18 pessoas morreram no incidente, que também danificou um armazém utilizado pelas equipes humanitárias e uma clínica médica próxima.

O fato marcou o início da Assembleia Geral da ONU, na qual Ban se referiu ao episódio como um ataque "repugnante, selvagem e aparentemente deliberado", e exigiu prestação de contas.

Além disso, disparou a tensão entre Estados Unidos e Rússia, após Washington acusar Moscou de ter perpetrado o ataque ou permitido que os aliados sírios o fizessem.

Os EUA disseram contar com indícios claros de que se tratou de um bombardeio aéreo, em uma região onde as aviações russas e sírias operam regularmente.

A Rússia negou responsabilidade no ataque e ordenou uma investigação "imparcial". O governo russo divulgou imagens nas quais assegura ser possível ver um veículo jihadista equipado com um morteiro de grande calibre escoltando o comboio das Nações Unidas e disse que um drone americano com capacidade para efetuar bombardeios foi detectado nessa região.

A troca de acusações entre as duas partes contribuiu para o fracasso das tentativas de retomar a trégua negociada no início do mês pelos dois países

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