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ONU: Guterres invoca pela 1ª vez artigo 99, sobre ameaça global, por situação em Gaza

Português instou também o Conselho de Segurança a ajudar a evitar uma catástrofe humanitária

António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (Shannon Stapleton/Reuters)

António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (Shannon Stapleton/Reuters)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 16h06.

Última atualização em 6 de dezembro de 2023 às 16h20.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, invocou nesta quarta-feira, 6, pela primeira vez em seu mandato Artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que lhe permite chamar a atenção da ONU para qualquer evento que ameace a segurança do mundo.

A medida foi tomada em virtude da situação na Faixa de Gaza. Em sua rede social "X", Guterres disse que a região está enfrentando um grave risco de colapso do sistema humanitário.

O português instou ainda o Conselho de Segurança a ajudar a evitar uma catástrofe humanitária e a apelar para que seja declarado um cessar-fogo humanitário.

Em sua carta, Guterres escreveu que a capacidade de ação da ONU foi dizimada na região pela escassez de abastecimento, falta de combustível, interrupções nas comunicações e falta de segurança.

“Com um cessar-fogo humanitário, os meios de sobrevivência podem ser restaurados e a assistência humanitária pode ser prestada de forma segura em toda a Faixa de Gaza", disse Guterres.

"A comunidade internacional tem a responsabilidade de usar toda a sua influência para evitar uma nova escalada e acabar com esta crise. Peço aos membros do Conselho de Segurança que pressionem para evitar uma catástrofe humanitária".

Desde os ataques terroristas de 7 de Outubro perpetrados por militantes do Hamas no sul de Israel e o contínuo bombardeio e operação terrestre das forças israelenses em Gaza, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução em meados de Novembro, após quatro tentativas falhadas de encontrar consenso anteriormente, apelando a "pausas humanitárias urgentes e prolongadas".

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